Ecclestone quer ver a Renault voltando a ter equipe própria na F-1
Do UOL, em São Paulo
13/08/2015 10h08
O chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, está pressionando a Renault para que os franceses voltem a ter sua equipe própria na categoria. A direção da empresa atualmente, que passa por um momento complicado devido à falta de competitividade de seus motores, que equipam Red Bull e Toro Rosso, avalia sua continuidade dentro do esporte e não descarta, inclusive, abandonar o investimento.
“Eles disseram que vão dar uma olhada e devem ter uma decisão em setembro”, disse Ecclestone à Autosport. “Temos de esperar para ver, mas são eles que vão decidir. Se eu puder ajudar de alguma forma...”
As opções da Renault são basicamente três: manter-se como fornecedora de motores, deixar a F-1 ou comprar uma equipe, que seria a Lotus.
A terceira opção é a preferida de Ecclestone. “Eu gostaria que eles assumissem a Lotus ou começassem uma nova equipe. Prefiro não perdê-los porque eles estão no esporte há muito tempo e são pessoas fáceis de negociar, pessoas boas, sem dramas. É apenas o caso, do ponto de vista deles, do quanto [estar na F-1] vale a pena.”
Esta avaliação vem da observação de que a exposição da marca Renault enquanto fornecedora de motores é muito baixa. Os franceses venderam a equipe que levava seu nome para a própria Lotus no final de 2009.
Para facilitar a retomada do time, Ecclestone já avisou que os novos donos não assumiriam os débitos que a Lotus tem com ele, depois de pedir diversos adiantamentos das cotas dos direitos comerciais. “Eles não vão assumir os débitos”, avisou o dirigente.
Porém, Ecclestone também admitiu que é importante para a imagem da Renault que essa eventual equipe seja competitiva – e isso depende muito do motor, que tem deixado a desejar nos últimos dois anos, desde que o regulamento mudou. “Gostaria de vê-los com um motor competitivo e, se esse for o caso, eles estarão bem. Para eles, voltar como equipe com um motor que não é forte não seria bom”.
O contrato atual da Renault com a Red Bull termina no final de 2016. Porém, é a fabricante que tem o direito de cancelar a parceria antes do prazo.