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Segunda parte do campeonato da F-1 começa com 'pendurados'. Saiba quem são

Os dois pilotos da McLaren já confirmaram que vão levar punições na Bélgica - AFP
Os dois pilotos da McLaren já confirmaram que vão levar punições na Bélgica Imagem: AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

19/08/2015 06h00

As complicadas regras de utilização de motores da Fórmula 1 deverão fazer diversas vítimas nas nove etapas restantes do campeonato. Dos 20 pilotos do grid, sete já estão pendurados, tendo utilizado quatro unidades de pelo menos um dos seis elementos que compõem o motor.
Fernando Alonso e Jenson Button estão em situação mais delicada – o inglês já usou sete unidades de recuperação de energia calorífica, por exemplo – e serão punidos na próxima etapa, na Bélgica. Isso porque a Honda, que fornece motores para a McLaren, já avisou que usadá um motor novo em Spa.

Além da dupla de campeões, os pilotos da Red Bull (Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat) e Toro Rosso  (Max Verstappen e Carlos Sainz) também estão pendurados e certamente serão punidos até o final do ano, uma vez que faltam nove etapas para o final e é impossível que os atuais motores aguentem.

O regulamento prega que as punições são dadas a partir da quinta unidade utilizada de qualquer um dos seis elementos da chamada unidade de potência, que são: motor de combustão, central eletrônica, unidade de recuperação de energia calorífica, unidade de recuperação de energia cinética, turbo e compartimento de armazenamento de energia. As punições dependem de vários fatores, como o número de elementos trocados e a posição obtida no grid de largada e podem ir desde perda de lugares no grid até um stop and go de 10s na corrida.

Atualizações podem complicar vida da Ferrari
Ao contrário das últimas temporadas, neste ano os motores podem ser atualizados ao longo do campeonato. Porém, cada nova homologação – que pode acontecer separadamente nos seis elementos, ou seja, não precisa ser total – significa uma nova unidade utilizada. Ou seja: para melhorar o motor, é preciso gastar parte da cota de quatro propulsores.

Isso pode limitar o desenvolvimento da Ferrari, por exemplo. Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen estão usando a terceira unidade em quatro dos seis elementos (motor de combustão, central eletrônica, unidade de recuperação de energia calorífica e turbo). Se atualizarem qualquer um desses alimentos nas próximas provas, o que é bastante provável, ficarão pendurados e correrão risco de punição no caso de quebras.

Quem também pode ficar em situação delicada até o fim do ano é Felipe Nasr. O piloto da Sauber, que terá uma atualização do motor Ferrari (a qual o time principal vem usando desde o GP do Canadá, em junho) na próxima etapa, na Bélgica, e deverá ficar pendurado, uma vez que já usou três centrais eletrônicas e três compartimentos de armazenamento de energia.

Já Mercedes e Williams estão mais tranquilas: os quatro pilotos das duas equipes chegaram à metade da temporada tendo utilizado apenas dois motores e correm poucos riscos de sofrerem punições.

Várias equipes deverão ter novidades em seus motores na etapa deste final de semana, que será disputada na Bélgica, dia 23 de agosto, com classificação às 9h do sábado, pelo horário de Brasília, e corrida também às 9h, no domingo.

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