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Fórmula 1

Após polêmica com pneus, Hamilton é confirmado como vencedor na Itália

Do UOL, em São Paulo

06/09/2015 12h56

Lewis Hamilton escapou de perder a vitória dominante no GP da Itália. O inglês, que liderou todos os treinos, largou na pole, e ganhou com 25s de vantagem para o segundo colocado, foi investigado após a prova depois de ser constatado que seu pneu traseiro esquerdo estava com a pressão abaixo do determinado pela Pirelli.

Porém, três horas após a bandeirada, os comissários decidiram manter a conquista do piloto da Mercedes. A justificativa foi de que, depois de ouvirem todos os envolvidos, ficou claro que "as pressões dos pneus estavam acima do mínimo estabelecido pela Pirelli quando eles foram colocados no carro". Outro fator que alterou a medição feita no grid foi a temperatura dos pneus que, como tinham sido desconectados dos cobertores que os mantêm aquecidos para a medição, "estava significativamente mais baixa que o máximo permitido pela FIA para a medição no grid". Assim, a conclusão da federação é de que a Mercedes estava dentro das regras e a Pirelli deve trabalhar com as equipes um procedimento ideal de mensuração para as próximas corridas. 

Com a decisão, a vantagem do inglês no campeonato subiu para 53 pontos com a vitória em Monza e o abandono do companheiro Nico Rosberg, por problemas de motor. Faltam sete provas para o fim do campeonato e esta é a maior diferença obtida por Hamilton no ano.

Logo após a bandeirada, o diretor técnico da equipe, Paddy Lowe, negou que a equipe estivesse fora das regras. "Não entendemos por que estamos sendo investigados. Mas vamos explicar para os comissários. Tudo o que sei é que a pressão estava de acordo com o que engenheiro da Pirelli nos passou. Estamos completamente no escuro em relação a isso. Então não entendo porque eles vão investigar."

Questionado logo após a vitória sobre o fato das pressões do pneu traseiro esquerdo estar 0.3 libras abaixo do previsto pela Pirelli, Lewis Hamilton se limitou a dizer: "não tenho conhecimento disso". Durante a corrida, a equipe pediu para que ele aumentasse o ritmo, mas não explicou o motivo. A ideia da Mercedes era que, se o inglês sofresse uma punição com desconto em seu tempo final, não perdesse a vitória. Hamilton chegou 25s na frente de Vettel.

“Não estou preocupado no momento", garantiu Hamilton. "Eu tive um grande final de semana e é nisso que quero focar. Fizemos tudo o que podíamos. Não é meu trabalho pensar nessas coisas, então nem sei o que falar. A equipe tem feito um grande trabalho por todo o ano e estou muito feliz com o carro e com como estou conseguindo tirar o máximo de mim.”

O inglês, contudo, fez questão de se defender, dizendo que sua vitória não tem relação com a diferença encontrada em seu pneu. Hamilton liderou todas as sessões de treinos livres e largou na pole.

“A Fórmula 1 é estar sempre no máximo e todos estão no limite de várias coisas. É assim que fazemos. Por qualquer motivo, meu carro estava com 0.3 libras a menos, mas isso não teve nenhuma influência no resultado. Não ganhamos por conta disso, mas porque éramos os mais rápidos.”

Apenas os dois carros da Mercedes e da Ferrari foram checados, ainda no grid de largada. Apenas Hamilton e Rosberg estariam fora do regulamento.

A regra é uma novidade neste final de semana. As pressões foram determinadas após os problemas enfrentados pela fornecedora de pneus na última etapa, na Bélgica, que culminaram com os furos nos pneus de Nico Rosberg nos treinos livres e na corrida, com Sebastian Vettel.

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