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Após início brilhante, Nasr agora sofre até para superar o companheiro

Lars Baron/Getty Images
Imagem: Lars Baron/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

13/09/2015 06h00

Até o GP do Canadá, sexta etapa do campeonato da Fórmula 1, no início de junho, a disputa interna da Sauber era uma lavada: Felipe Nasr se classificara à frente do companheiro Marcus Ericsson em cinco oportunidades e chegara na frente em todas as vezes que ambos cruzaram a linha de chegada. Nas seis corridas disputadas de lá para cá, o brasileiro ainda teve um ponto alto na Áustria, mas vem sendo consistentemente mais lento que o sueco.

A vantagem de Ericsson ficou mais clara nas últimas três provas, em que o sueco superou Nasr nas três classificações e nas três corridas. Aos sábados, a diferença é pequena, de 0s25 em média, mas é importante para pilotos que estão brigando pelas últimas posições no top 10. Consequentemente, Ericsson pontuou nas três corridas, enquanto Nasr bateu na trave, ficando em 11º em duas oportunidades.

Nasr, contudo, não se diz preocupado. “Vou continuar fazendo o meu trabalho, o que vinha fazendo no começo do ano. É uma coincidência essas coisas que estão acontecendo. Não vou mudar nada no meu trabalho”, garante.

De fato, o brasileiro teve problemas nos freios no Canadá, na Áustria e na Bélgica, enquanto não chegou a largar na Inglaterra e teve a corrida comprometida por um toque na largada na Itália. Porém, Ericsson também melhorou seu nível.

O sueco, que disse ter feito “a melhor corrida da vida” há uma semana, em Monza, chegando em nono lugar, revelou ter mudado sua abordagem nos GPs. “Tenho trabalhado bastante meu lado pessoal, a maneira da minha mente funcionar, mantenho o meu foco em algo específico”, afirmou. “No começo do ano, carro era rápido, mas eu não. Minha performance não estava no nível que desejava e, mais importante, eu podia produzir. Eu perdia a disputa para o meu companheiro. Foi um começo de ano bem difícil para mim.”

Outra mudança no comportamento do piloto, que faz sua segunda temporada na Fórmula 1, foi no acerto do carro, mais focado para seu estilo. Isso lhe trouxe mais confiança. “Você se sente mais forte e sua performance cresce.”

Do lado de Nasr, fica a esperança em se adaptar melhor à atualização que a Sauber levará para o próximo GP, em Cingapura, no próximo final de semana, para voltar a vencer o duelo interno. “O bom é que sempre tem a próxima corrida e, em Cingapura, espero finalmente me livrar desta sombra persistente”, disse o brasileiro.   

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