Por que Felipe Massa odeia tanto o GP de Cingapura?
A estreia já deveria ter sido um presságio: logo na primeira edição do GP de Cingapura, Felipe Massa viveu um de seus piores momentos na carreira da Fórmula 1. O brasileiro chegara à etapa um ponto atrás do líder Lewis Hamilton e fizera a pole com mais de 0s6 de vantagem. Controlava a corrida com tranquilidade para sair líder do campeonato com três etapas para o final quando um acidente provocado propositadamente por Nelsinho Piquet o obrigou a entrar nos boxes.
Um erro de um mecânico na parada fez com que o brasileiro saísse do box com a mangueira de reabastecimento presa ao carro, acabando com suas chances na prova. Massa terminou em 13º e viu Hamilton abrir sete pontos na liderança da tabela.
“Eu fiquei muito chateado com o que aconteceu”, reconhece o brasileiro. “Não só com o que a Renault fez, o que foi um roubo. Mas porque isso criou várias coisas, um Satefy Car que significou que a maioria dos carros teve que parar e eu era um deles. Éramos 10 carros no pit. O meu deu errado, era uma parada com ambos os carros ao mesmo tempo. Um mecânico apertou um botão em uma situação que jamais teria acontecido em um pit stop normal. O que me irrita é que a Renault roubou a vitória.”
Mas este só seria o começo de uma história de dificuldades nas ruas de Cingapura. Tanto que, sete anos depois, a pista continua sendo aquela em que o brasileiro tem seu pior retrospecto entre todas as que estão no atual campeonato.
O melhor resultado de Massa em Cingapura é o quinto lugar conquistado ano passado. Antes disso, o brasileiro havia conquistado um sexto em 2013, oitavo em 2012 e 2010 e um nono em 2011. Em 2009, Massa não correu em Marina Bay porque ainda se recuperava do acidente sofrido na Hungria.
O retrospecto é pior até do que uma corrida considerada ‘maldita’ pelo próprio Massa, o GP do Canadá, no qual o piloto chegou a conquistar um quarto lugar, em 2005, ainda de Sauber. No atual calendário, apenas na Malásia o brasileiro também não passou de quinto, mas repetiu esta colocação em quatro oportunidades.
Em 2010, na primeira vez que voltou a Cingapura após o pesadelo de 2008, Massa teve um problema de câmbio na classificação e largou em último, enquanto o companheiro Fernando Alonso venceu de ponta a ponta. No ano seguinte, teve um pneu furado após colisão com Hamilton.
Ao final da prova, Massa foi tirar satisfação com Hamilton quando os dois davam entrevistas. O brasileiro deu um tapinha nas costas do inglês, dizendo “bela corrida, hein?”, irritando o rival, que respondeu “não toque em mim, cara”. Lewis, então na McLaren, foi considerado culpado pela manobra e recebeu um drive-through durante a prova.
Em 2012, Massa teve outra classificação ruim, saindo em 13º, e reclamou durante todo o final de semana da falta de aderência dos pneus. No ano seguinte, chegou a se classificar à frente de Alonso, mas perdeu terreno na corrida, sem conseguir passar carros mais lentos, e viu o espanhol chegar em segundo.
Em sua primeira corrida pela Williams em Cingapura, teve de fazer mais de 30 voltas com o mesmo pneu no final e disse ter “pilotado como uma vovó” para levar o carro ao quinto lugar.
Para este ano, Massa convive com a incerteza quando ao rendimento de seu carro. Afinal, a Williams sofreu em outros circuitos de baixa velocidade, como Mônaco e Hungria, únicas corridas em que o piloto, atualmente quarto colocado no mundial, não pontuou.
As atividades do GP de Cingapura começam com os treinos livres na sexta-feira, com duas sessões de 1h30 a partir das 7h e das 10h30, pelo horário de Brasília. A classificação será às 10h do sábado e a corrida tem largada às 9h do domingo.
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