Após fiasco na classificação, Mercedes joga a toalha e pensa no próximo GP
Surpresa foi a palavra de ordem depois da classificação para o GP de Cingapura. Enquanto a Ferrari, que conquistou sua primeira pole position em mais de três anos, com Sebastian Vettel, e a Red Bull revelavam ter acreditado que a Mercedes estava escondendo o jogo quando não andaram bem nos treinos livres, a própria equipe líder absoluta do mundial dizia não entender por que seus carros só conseguiram o quinto e sexto lugares no grid.
Voltando a largar em primeiro depois de quase dois anos, Vettel tem motivos para acreditar que pode vencer pela terceira vez na temporada, uma vez que o ritmo da Ferrari nas simulações de corrida também foi forte. Mas, além da dúvida em relação ao que a Mercedes poderá fazer na corrida, o alemão sabe que a Red Bull, que tem Daniel Ricciardo em segundo no grid e Daniil Kvyat em quarto, também vem forte.
“Não sei por que as Mercedes não estavam tão fortes, é uma surpresa. Achei que eles estivessem escondendo o jogo porque sabemos que eles têm o melhor carro”, reconheceu o alemão. “Mas eu não os descartaria para a corrida e a Red Bull também vem forte. Não é o circuito mais fácil para se ultrapassar, mas se você tiver ritmo consegue se aproximar.”
Outro que está de olho na oportunidade dada pela Mercedes é Ricciardo. “Se o ritmo que demonstramos nos treinos livres significa alguma coisa, então temos uma chance. Eu vou para cima”, avisou o piloto australiano, que teve sua melhor classificação desde o GP da China de 2014.
Mercedes joga a toalha
Do lado da Mercedes, apesar das suspeitas levantadas no paddock de que o maior controle das pressões mínimas dos pneus determinadas pela Pirelli tenha afetado o rendimento do carro, o acerto é tido como o grande problema. Os engenheiros não teriam conseguido entender a evolução da pista e isso estaria atrapalhando a forma como os carros de Hamilton e Rosberg estão trabalhando os pneus.
“Eu acho que não é [uma questão de] velocidade no carro, porque o ritmo não se deteriora de um final de semana para o outro”, explicou o chefe da equipe, Toto Wolff. “Mas não conseguimos traduzir nosso ritmo na pista. Fizemos algumas mudanças em termos de acerto, que não se provaram certas. Precisamos ficar calmos e analisar o que aconteceu, mas estamos muito surpresos.”
Sabendo que os carros não podem ser alterados significativamente da classificação para a corrida, o austríaco praticamente descartou as chances da Mercedes se recuperar na corrida e já está pensando na próxima etapa, no Japão. “Precisamos nos manter calmos e analisar o que aconteceu, mas estamos muito surpresos. Temos sido muito bons por dois anos e nunca erramos nada, mas demos um grande passo atrás desta vez, então precisamos concentrar nossas forças em acertar em Suzuka.”
Niki Lauda também não se mostrou muito otimista quanto às possibilidades de Hamilton e Rosberg na corrida e chegou a prever que o máximo que o inglês poderia alcançar seria o pódio, especialmente por Cingapura não ser um circuito que permite muitas ultrapassagens. “É uma corrida sempre difícil, com acidentes e quebras. Se os outros tiverem problemas, Lewis pode chegar em terceiro no máximo”, avaliou.
O próprio Hamilton concorda com o chefe. "O pódio é minha meta. É difícil ultrapassar e os demais, especialmente a Red Bull, estão muito rápidos em ritmo de corrida. Duvido que vamos encontrar algo em termos de tempo de hoje para amanhã."
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