Equipes entram com queixa e F-1 pode ser investigada por formação de cartel
Do UOL, em São Paulo
29/09/2015 09h31
Sauber e Force India uniram forças e registraram uma reclamação formal junto à Comissão Europeia contra o modelo de gestão da Fórmula 1 e sua distribuição financeira. No passado, o órgão já obrigou a categoria a fazer mudanças na organização de seu negócio.
Em 2001, uma extensa investigação anti-truste obrigou a Fórmula 1 a fazer mudanças, como limitar a Federação Internacional de Automobilismo ao papel regulatório e obrigou a categoria a retirar determinadas restrições impostas a donos de autódromos e TVs.
No início deste ano, a F-1 passou por outra investigação, pedida pela parlamentar britânica Anneliese Dodds após a falência da equipe Caterham. A Comissão, contudo, não levou o pedido adiante.
A Force India confirmou que era uma das equipes que havia registrado a queixa, “questionando o governo da Fórmula 1 e mostrando que o sistema de divisão de lucro e a determinação das regras da categoria são injustas e ilegais.”
Outra equipe descontente com a atual situação é a Sauber, que vê “poderes e privilégios que estão prejudicando o esporte.”
São dois os pontos principais da queixa: a divisão do dinheiro, que leva em consideração a posição no campeonato anterior, mas também contém pagamentos importantes pela questionável justificativa de “valor histórico”, com somas negociadas previamente, e a definição das regras, que são votadas pelo chamado Grupo de Estratégia, do qual apenas cinco equipes (Ferrari, Red Bull, Mercedes, McLaren e Williams) fazem parte.
Promotor da F-1, Bernie Ecclestone disse ter "certeza de que a Comissão Europeia vai ficar satisfeita com a maneira como estamos conduzindo nosso negócio."