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Ele vai correr em casa no GP Brasil. Mas mal conhece a pista de Interlagos

AP Photo/Christian Palma
Imagem: AP Photo/Christian Palma

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

07/11/2015 06h00

Felipe Nasr é daqueles pilotos que tiveram todos os passos da carreira muito bem calculados para chegar preparado à Fórmula 1. Mas, no caso dele, isso teve uma espécie de efeito colateral: o brasiliense teve pouquíssima experiência no automobilismo nacional e só pode dizer que corre em casa por conta da força extra da torcida. Porque o tal fator campo, de conhecer cada detalhe do circuito de Interlagos, ele admite que não tem. 

“Se você pergunta a qualquer espectador, ele deve imaginar que você deve conhecer bem a pista do seu país, mas isso não é meu caso, justamente porque eu saí cedo do Brasil e não passei pelas categorias de base no Brasil, então não tenho conhecimento algum dos autódromos”, disse o piloto da Sauber ao UOL Esporte.

Nasr correu apenas duas vezes em Interlagos: em sua estreia na Fórmula BMW, quando foi terceiro em uma das provas preliminares da grande decisão do campeonato de 2008, e ano passado, quando fez 22 voltas na Williams na primeira sessão de treinos livres.

Como não poderia deixar de ser, o piloto está curioso. “Quero saber como será o clima, como será a reação das pessoas. Acredito que vá sentir uma energia muito boa dos torcedores e do circuito. Vai ser uma experiência completamente nova, participar de um final de semana de GP Brasil como piloto oficial - ano passado deu para ter um gostinho ao fazer o primeiro treino. É um lugar em que sempre sonhei em correr. Vai ser um momento vem diferente e especial.”

Porém, o brasileiro reconhece que não tem muitos motivos para esperar um grande desempenho de sua Sauber. Afinal, apesar do circuito tem muitas curvas de baixa, faltam retas longas e o asfalto é muito irregular, o que dificulta o desempenho do carro.

“Esse é um lado difícil para a gente, mas temos de encarar. Ao mesmo tempo, a pista tem um número considerável de curvas de baixa velocidade. Se me perguntassem sobre uma pista como a da Rússia, que tem bastante reta e um asfalto liso, eu sei que isso  nos favorecia. No caso do Brasil, não sei como o carro vai se comportar, e não quero antecipar muita coisa. Vou encarar como qualquer outro final de semana, mas tem aquela sensação especial de estar correndo em casa. Vai ser bem legal.”

O GP do Brasil será no próximo final de semana, com largada às 14h. Os treinos livres começam na sexta-feira, com duas sessões de 1h30 começando às 10h e 14h. O treino classificatório, no sábado, também será às 14h.

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