Topo

Fórmula 1

Campeões nunca venceram o GP Brasil. Mas estão longe de azar de Rubinho

AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Imagem: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

Do UOl, em São Paulo

08/11/2015 06h00

O que Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Rubens Barrichello têm em comum? Apesar de várias tentativas, nenhum dos três conseguiu vencer em Interlagos. O brasileiro é, disparado, o mais azarado: foram 19 tentativas e apenas um pódio. No caso do inglês, são dois pódios em oito tentativas, enquanto o espanhol tem uma estatística curiosa: nunca na história da Fórmula 1 um piloto conquistou tantos pódios (oito em 13 temporadas) em um mesmo circuito, sem ter vencido no mesmo.

Tal sina é incomum na carreira dos dois campeões. Dos circuitos do atual calendário, Alonso só não venceu no Brasil, na Bélgica, e em circuitos introduzidos mais recentemente, como Austin (EUA), Rússia, Áustria e México. Já Hamilton só não venceu três provas do atual calendário: Brasil, México e Áustria.

“É uma corrida que sempre quis vencer”, admite Lewis Hamilton, que já conquistou o tricampeonato por antecipação. “Isso porque era a casa de Ayrton Senna, meu herói de infância, junto do meu pai. Quase vencei em 2012, mas fui tirado da corrida”, lembra o inglês que, na ocasião, chocou-se com Nico Hulkenberg.

Hamilton, contudo, comemorou seu primeiro título mundial em Interlagos, com um quinto lugar em 2008. Alonso, por sua vez, faturou seus dois títulos no GP Brasil, em 2005 e 2006. “Interlagos significa muito para a minha carreira na Fórmula 1. Acostumei-me a estar um pouco nervoso toda vez que chego porque em quatro ocasiões [2005, 2006, 2007 e 2012] lutei pelo campeonato aqui, o que é algo que nunca esperei.”

Só uma sambadinha
Mas ninguém tem uma história tão incrivelmente azarada em Interlagos quanto Rubens Barrichello. Logo ele, que cresceu no bairro onde está localizado o autódromo e tinha larga experiência no traçado, abandonou em 11 das 19 provas que disputou em seu país e só conquistou um pódio, em 2004, mesmo tendo sido pole position em três oportunidades (2003, 2004 e 2009).

No inicio da carreira, até parecia que Barrichello teria grandes dias pela frente em Interlagos, principalmente após o quarto lugar em 1994 e a classificação em segundo no ano seguinte. Com a Stewart, chegou a liderar por 23 voltas até seu motor estourar.

Mas foi na Ferrari, contudo, que a decepção foi maior: correndo por várias vezes com o melhor carro do grid em Interlagos, Rubinho viveu um pouco de tudo: um motor estourado em 2000, batida com Ralf Schumacher em 2001, corrida apagada em 2002, falta de combustível em 2003, rendimento ruim dos pneus Bridgestone na chuva em 2004 e classificação fraca em 2005.

Em 2009, Barrichello teria sua última chance real de vencer em Interlagos, fazendo a pole position com a Brawn, equipe campeã da temporada. Porém, o ritmo de corrida foi ruim e o brasileiro foi apenas o oitavo.

Ainda assim, o piloto, hoje na Stock Car, não acredita que seja um azarado. “Não acredito em azar. Foi como um piloto disse uma vez, ‘quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho’. Tive alguns problemas em Interlagos, mas foram relacionados a fatores humanos. Uma vez acabou minha gasolina pela Ferrari, mas não acredito que isto tenha sido azar.”

Com Barrichello fora da categoria desde 2011 e Alonso longe da luta por vitórias neste ano, é Hamilton quem tem a grande chance de acabar com sua sina no GP do Brasil, que terá largada às 14h de 15 de novembro.Os treinos livres começam na sexta-feira, com duas sessões de 1h30 começando às 10h e 14h. O treino classificatório, no sábado, também será às 1

Fórmula 1