Ricciardo diz que não quer 'dar uma de Alonso' e errar ao mudar de equipe

Daniel Ricciardo venceu três provas em 2014 e admitiu que acreditava estar dentro da luta pelo título nesta temporada. Porém, viu sua equipe, a Red Bull, cair de rendimento e aparecer somente como a quarta força no grid. Em meio às incertezas em relação à competitividade do time nas próximas temporadas, devido à continuidade do contrato com a Renault, o australiano é cauteloso em relação ao futuro.

"É algo que eu tenho que pensar cuidadosamente", disse Ricciardo à Fox Sports Austrália. "Em 2017, há uma série de mudanças nas regras, e a última coisa que eu quero fazer é dar uma de Alonso, abandonar o barco e, logo em seguida, o barco de que você saiu é em que você quer estar.”

O piloto espanhol é conhecido por alguns equívocos em trocas de equipe. Em 2007, saiu da McLaren e viu seu ex-companheiro Lewis Hamilton ser campeão no ano seguinte, enquanto andava no meio do pelotão na Renault. Isso, mesmo tendo uma proposta da Red Bull, que se tornaria a grande força do grid a partir de meados de 2009.

E, em 2014, depois de cinco temporadas na Ferrari, o bicampeão trocou o time italiano pela McLaren, que viveu  um dos piores anos de sua história, enquanto a Scuderia voltou a vencer corridas.

"Em um mundo ideal eu vou ficar na Red Bull e vamos encontrar o domínio novamente, mas meu futuro na Fórmula 1 futuro é algo para eu decidir mais tarde na temporada que vem."

Em 2016, contudo, Ricciardo não vê a Red Bull dando um salto de qualidade em relação a este ano. Afinal, o time terá um motor Renault - ainda que renomeado como Tag Heuer - que está entre os menos competitivos da F-1 atual. "Acho que é irreal pensar que podemos lutar por vitórias. Honestamente, a Mercedes deve dominar", afirmou.

"Nós caímos um pouco para trás, precisamos melhorar. Acho que podemos fazer isso. A equipe é boa o suficiente. Nós vamos encontrar alguns ganhos, mas eu não sei  quanto."