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Ser piloto de Fórmula 1 é bem mais difícil do que parece, reconhecem jovens

Dan Istitene/Getty Images
Imagem: Dan Istitene/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

21/12/2015 06h00

Eles sonham por toda uma vida em se tornarem pilotos de Fórmula 1. Pensam nas vitórias, na sensação de competir com os melhores e de andar nos carros mais desenvolvidos do automobilismo. Mas chegam lá e veem que não é só isso e admitem: a vida de piloto é bem mais difícil do que parece.

“Há muitas dificuldades”, reconheceu o estreante em 2015, Carlos Sainz, ao UOL Esporte. “Se tivesse de escolher uma, seria a quantidade de trabalho de mídia e de entrevistas e viagens que temos de fazer. É algo que tira muito mais de sua energia do que você pode imaginar e, no final das contas, isso faz com que seja difícil recuperar-se, estar em forma durante todo o ano.”

Fazendo sua segunda temporada na categoria, o sueco Marcus Ericsson afirmou que, mesmo imaginando quais seriam as dificuldades, é impossível saber o ‘tamanho da encrenca’ até enfrentá-la.

“Não dá para saber exatamente o que esperar quando está no caminho para a F-1, porque ela muda completamente sua vida, tanto fora quanto dentro da pista. Mas, de certa forma, é algo que você já sabia, que tudo iria mudar”, testemunhou também ao UOL Esporte.

“É muito intenso. Eu amo o que eu faço mas, ao mesmo tempo, é um trabalho difícil. Há muita pressão vinda de todos os lados e você tem de lidar com isso. Você viaja o tempo inteiro, está com a equipe sempre. A temporada é extremamente longa.”

Para o companheiro de Felipe Nasr na Sauber, o grande problema é que a parte mais prazerosa, quando o piloto está dentro do carro, é apenas uma de suas tarefas.

“Você pensa nas corridas [antes de chegar à F-1], mas não se dá conta de tudo que está entre uma prova e outra: compromissos com patrocinadores, reuniões com a equipe, trabalho com a mídia. Mesmo quando você não está correndo, tem muita coisa para fazer e isso dura desde o início de fevereiro, quando começam os testes, até o meio de dezembro.”

Falando em trabalho, os pilotos voltam às pistas em dois meses, com testes programados pela Pirelli para o final de janeiro na França. A pré-temporada da F-1 começa, na Espanha, em 22 de fevereiro. 

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