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Em meio a crise e briga política, 'F-1 nunca entrará em colapso', vê chefão

REUTERS/Edgar Su
Imagem: REUTERS/Edgar Su

Do UOL, em São Paulo

23/12/2015 06h00

Queda nos números de audiência, avaliações negativas de investidores, que já calculam a perda de cerca de 30% do valor de marketing da categoria, e uma briga de bastidores que ameaça o futuro. Mesmo com um cenário complicado para a Fórmula 1, o promotor Bernie Ecclestone acredita que o esporte ainda tem força.

“A Fórmula 1 nunca entrará em colapso”, defendeu o dirigente, que atua em posições de liderança na categoria há mais de 30 anos. “Mesmo se tivéssemos perdido Red Bull e Lotus. Mas estamos contentes que ambos permaneceram. Demos apoio financeiro para a Renault comprar a Lotus e dar motores à Red Bull, ainda que seja estranho uma empresa tão grande como a Renault precisar deste tipo de ajuda”, alfinetou em entrevista à Auto Motor und Sport.

“Sempre existiram problemas. A dificuldade neste ano é que as montadoras só pensaram no interesse delas. Seria fácil para a Mercedes ter dado motores à Red Bull. Mas eles preferiram dar à Marussia. Eu teria feito negócio com a Red Bull, pois seria um dinheiro mais certo. O motivo pelo qual eles não deram o motor para a Red Bull é que eles querem evitar o que temos para oferecer aos fãs: competição”, criticou.

Ecclestone aproveitou para fazer um alerta: para ele, a categoria corre risco se o domínio da Mercedes continuar. “A Fórmula 1 vai sobreviver, mas por quanto tempo as pessoas vão assistir? Eles vão entender que ainda temos grandes disputas no meio do pelotão?”, questionou.

O dirigente vem pressionando especialmente Mercedes e Ferrari, donas dos dois melhores motores da Fórmula 1 no momento, a diminuir o preço de suas unidades de potência ou aceitarem a concorrência de um tipo de motor completamente diferente, a fim de que sejam dadas oportunidades de outros times competirem de igual para igual com as montadoras.

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