'É tarde demais para a F-1 ter um novo motor em 2017', defende engenheiro
Na tentativa de diminuir o poder das fornecedoras de motores e diminuir os custos, a Federação Internacional de Automobilismo vem pleiteando o uso de um motor alternativo a partir de 2017. Porém, para Mario Illien, responsável pela Ilmor e atualmente trabalhando na melhoria do propulsor da Renault, já não há mais tempo de promover a estreia da novidade ano que vem.
“Acho que já é tarde demais. Considero 2018 mais realista”, disse à Auto Motor und Sport.
Perguntado se o custo de 7 milhões de euros pretendido pela federação pode ser alcançado, o engenheiro também considera essa meta otimista. “Se ninguém pagar pelos custos de desenvolvimento, será difícil. O fato de que são usados quatro motores por temporada não diminui os custos - na verdade, aumenta. Você tem de se assegurar bem cedo na temporada [de que o motor vai durar] e depois só pode mudar pouca coisa.”
Falando sobre o motor Renault, que ajudará a desenvolver, Illien está confiante de que, mesmo com pouco tempo para trabalhar, uma vez que assinou seu contrato apenas no final de dezembro, os primeiros progressos poderão ser vistos já no início da temporada.
“Com 32 fichas de desenvolvimento dá para fazer muita coisa, mas não temos tempo. Precisamos ver o que será possível fazer em nossa parceria com a Renault. Mas o que temos hoje não é tão ruim e será melhorado gradualmente. Espero que possamos mostrar no início da temporada que progredimos.”
No entanto, quando perguntado se o Renault pode chegar no nível dos melhores motores, Mercedes e Ferrari, o engenheiro pediu tempo. “Isso provavelmente levará mais do que um ano”, reconheceu. “Os outros também vão melhorar.”
Os carros da F-1 volta à pista dia 22 de fevereiro, nos primeiros testes da pré-temporada, na Espanha. A abertura da temporada será na Austrália, dia 20 de março.
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