Red Bull diz que Renault prometeu brigar de igual para igual com a Mercedes
Nem o acordo que fez a Red Bull renomear o motor Renault para usar o propulsor francês nesta temporada da Fórmula 1 parece ter freado o descontentamento da equipe com o equipamento fornecido especialmente no último ano. E, segundo o chefe da Red Bull, Christian Horner, muito das broncas públicas feitas nos últimos meses tem explicação: a expectativa gerada pela própria marca antes do início do campeonato passado.
“A Mercedes fez um grande trabalho com sua unidade de potência, mas em 2014, quando eles cometeram erros, nós estávamos ali para aproveitar”, lembrou o dirigente.
“O nosso problema foi que, em 2015, depois de nossas três vitórias de 2014, a Renault nos prometeu que chegaria na Mercedes. As expectativas deles foram muito altas. Quando se é uma equipe ambiciosa como a nossa, você quer ganhar e, se a vitória não chega, é frustrante. Principalmente porque não temos nenhum controle sobre o motor.”
As constantes reclamações públicas da Red Bull estremeceram a relação com a Renault e o contrato entre as partes, que termina ao final de 2016, chegou a ficar em risco. Porém, um acordo fechado no final do ano passado garantiu o fornecimento das unidades de potência para os tetracampeões do mundo, que utilizarão o nome Tag Heuer, em uma tentativa de se desassociar dos franceses.
Horner salientou que essa queda de rendimento em relação a 2014 - o time foi vice-campeão naquele ano e chegou apenas em quarto em 2015 - ocorreu muito em função do motor.
“Sofremos com alguns problemas no carro no começo do ano, mas conseguimos arrumá-los. Temos um carro bom, algo que pôde ser visto na parte do miolo de circuitos como Spa-Francorchamps, Hungria, Cingapura ou Mônaco, em que a potência do motor não tem um papel tão grande.”
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