Após dois anos de troca de farpas, Renault quer rivalizar com a Red Bull

Depois de meses de críticas públicas à falta de rendimento do motor Renault e até a confirmação de um rompimento, que acabou não se concretizando, a Red Bull contará com motores franceses rebatizados durante a temporada de 2016 e perderá a relação mais próxima com sua fornecedora, que agora terá uma equipe própria. E mais: segundo Remi Taffin, diretor técnico da Renault Sport, os tetracampeões ganharão um rival.

“Como queremos fazer a Renault vencer, em determinado ponto teremos de ter um motor muito bom e, se esse motor ainda estiver sendo usado no chassi da Red Bull, certamente eles terão um conjunto competitivo. Porque sabemos que eles são capazes de fazer um carro competitivo”, afirmou o francês.

“Será uma boa batalha. Ficaria feliz em conseguir brigar com a Red Bull, eventualmente vencendo obviamente.”

Avisando que a Renault obteve, desde o final da última temporada, “os maiores ganhos desde o início da era turbo”, Taffin esclareceu que a Red Bull terá direito às mesmas especificações que a Renault usar no motor, ainda que seja possível que haja “falta de sincronia” em determinados momentos, quando o time de fábrica usar versões mais desenvolvidas primeiro.

Perguntado sobre as declarações do consultor da Red Bull, Helmut Marko, que afirmou que a Renault deveria focar mais na própria Red Bull do que no seu time próprio, Taffin não se mostrou surpreso.

“Se eu fosse o Dr. Marko, é exatamente o que eu diria porque ele tem a equipe dele e quer o melhor para seu time, quer vencer. Na verdade, eu ficaria surpreso se ele tivesse dito o oposto. Contudo, este é o meu julgamento.”

A Renault volta como equipe própria nesta temporada, após cinco anos apenas como fornecedora de motores. O time, que assumiu o espólio da Lotus, contará com Kevin Magnussen e o estreante Jolyon Palmer.