Topo

Fórmula 1

Novato na Fórmula 1, chefe da equipe Renault já comandou Hamilton e Vettel

Divulgação/ART Grand Prix
Imagem: Divulgação/ART Grand Prix

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

08/02/2016 06h00

O nome de Frederic Vasseur, novo chefe da Renault, él desconhecido para a grande maioria dos fãs de Fórmula 1. Afinal, o francês nunca teve qualquer envolvimento com a categoria. Porém, o dirigente conhece muito bem grande parte dos pilotos do grid, inclusive Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.

“É correto que este é meu primeiro papel na F-1”, disse Vasseur. “Mas passei por um grande aprendizado nas categorias menores e tenho muita vontade de traduzir tudo o que eu aprendi em todos estes anos no desafio que é a F-1. É uma nova experiência para mim, mas corridas são corridas e o objetivo é sempre o mesmo.”

E de corridas - especialmente, de vencê-las - Vasseur entende bem. A relação do francês com a Renault remonta ao final da década de 1990, quando ele formou a equipe de F-3 ASM, que usava os propulsores da marca. Não demorou para o time ter sucesso, conquistando títulos tanto no campeonato francês tanto quando a categoria se uniu com a F-3 Alemã.

Subindo para a F-3 Europeia, Vasseur foi o chefe de Lewis Hamilton quando o inglês, em 2005, protagonizou um dos campeonatos mais dominantes da história da categoria, ao lado do companheiro Adrian Sutil, que também chegaria à Fórmula 1. No ano seguinte, seria a vez de Paul Di Resta e Sebastian Vettel defenderem a ASM - com o título ficando com o escocês. Em 2007, foi a vez de Romain Grosjean manter a ASM no topo. Em 2008, Nico Hulkenberg foi o campeão e, no ano seguinte, foi a vez de Jules Bianchi manter a hegemonia do time de Vasseur.

Nesta época, a ASM tinha se associado com a ART, de Nicolas Todt, filho do presidente da FIA Jean Todt e empresário de vários pilotos da F-1. Sob o nome de ART Grand Prix, o time foi campeão da GP2 em 2005 com Nico Rosberg, em 2006 com Lewis Hamilton e com Hulkenberg em 2009. Na GP3, a equipe triunfou com Esteban Gutierrez em 2010 e Valtteri Bottas em 2011, todos nomes que chegaram à F-1.

Mais recentemente, Vasseur comandou seu time no título de Stoffel Vandoorne na GP2 e de Esteban Ocon na GP2. O belga é atualmente reserva na McLaren, enquanto o francês foi confirmado semana passada no mesmo papel na Renault.

A chegada do francês na Fórmula 1 poderia ter acontecido antes, caso dificuldades financeiras não tivessem acabado com o projeto de fundar uma equipe em 2010. No entanto, de lá para cá, o dirigente apenas estreitou suas relações com a Renault, construindo o chassis usado na F-E.

Agora na F-1, Vasseur tem a missão de pegar um time em frangalhos após o pouco investimento dos últimos anos, nos quais passou por dificuldades financeiras nas mãos da Genii Capital, e transformá-lo em uma força do calibre de Mercedes e Ferrari. “Conhecemos o mapa [para o sucesso] e temos de obter resultados nas próximas três ou quatro temporadas. Mas primeiro temos de melhorar a organização da equipe e nos certificar de que nosso motor funcionará bem”, lista. “Há muito o que fazer.”

Fórmula 1