Renault só chegará ao pódio em 2016 em GP maluco, diz ex-guru da Mercedes
A Renault volta à Fórmula 1 como equipe com um orçamento de time grande, mas também com a cautela de quem sabe que tem um longo caminho pela frente para lutar com Mercedes e Ferrari. Para Bob Bell, engenheiro responsável pela integração entre o trabalho do motor e chassis, um pódio em 2016 só vai acontecer “se as circunstâncias forem malucas”.
O irlandês tem experiência tanto em trabalhar com a Renault, pois estava no time bicampeão em 2005 e 2006, quanto em fazer o papel de coordenador. Afinal, em 2011, comandou uma missão parecida na Mercedes, atuando como um elo entre o desenvolvimento do motor e do carro. Na Renault, contudo, Bell tem mais poderes. “Eu tenho mais influência no desenvolvimento do motor. Mas os dois [motor e carro] têm de estar ligados. Eu tenho de me certificar que ambos os departamentos estão indo na direção certas e que os recursos estejam sendo distribuídos de forma correta”, explicou à Auto Motor und Sport.
Para Bell, o ano de 2016 será para estabelecer as bases de um progresso que só deve aparecer no futuro: “Temos de pensar em daqui um ano e meio, não na próxima corrida”, defende. “Não temos de apostar em soluções de curto prazo, vamos proceder com calma para que as melhorias no motor tragam os resultados certos. O importante é desenvolver métodos de trabalho que nos deem a base para o sucesso a longo prazo.”
Depois de sofrer nos dois últimos anos com problemas no desenvolvimento da unidade de potência, a Renault deve se aproveitar agora do fato de ter uma equipe de fábrica para ter ganhos mais significativos. A experiência na Mercedes, segundo Bell, demonstra isso. “Provavelmente é uma questão de décimos, mas toda a operação ganha em eficiência quando é feita sob um único teto.”
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