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McLaren mostra evolução nos testes e Alonso fala em pódio ainda em 2016

José Jordan/AFP Photo
Imagem: José Jordan/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

06/03/2016 06h00

A pré-temporada de 2015 já deixou claro que a McLaren teria um ano difícil pela frente: com sérios problemas de confiabilidade e performance do motor Honda, o time deu apenas 380 voltas - quase 1000 a menos que os líderes - ao longo de 12 dias de teste, e fechou com um melhor tempo 3s pior do que o ritmo dos pilotos da ponta.

Em 2016, o cenário é bastante diferente: com apenas oito dias de teste, o time conseguiu dar 707 voltas, com a melhor marca a 1s949 da líder Ferrari, com o mesmo composto de pneu.

E o time espera ainda mais durante a temporada. Tendo identificado os problemas do motor na temporada passada, os japoneses fizeram mudanças significativas no tamanho do turbo e do compressor e melhoraram a recuperação de energia híbrida, grande problema do carro em 2015.

“Houve mudanças grandes de desenho e filosofia na unidade de potência, e quando chegamos aos primeiros testes sempre há a curiosidade para ver se tudo funciona como em teoria. Estou me sentindo contente quanto a isso porque não tivemos problemas graves pelo menos com a unidade de potência”, destacou Alonso.

“Em termos de rendimento, veremos. Ainda faltam alguns cavalos, mas tomara que possamos desbloqueá-los durante o campeonato.”

Jenson Button também se mostrou animado com a evolução. “Trata-se de uma melhora maior do que havia acontecido nos últimos 14 meses”, cravou. “Em determinadas pistas, perdíamos algo entre 0s6 por volta. Agora que o sistema está funcionando bem, daqui em diante a questão é diminuir a margem em relação à concorrência. Demos um bom passo adiante, e necessário.”

Alonso afirmou que espera ver a McLaren com possibilidade inclusive de chegar ao pódio a partir do GP da Espanha, em maio. O tal prazo tem a ver com a necessidade que a equipe admite de ainda desenvolver o carro na parte aerodinâmica - que finalmente pôde ser testada a contento agora que os problemas de confiabilidade de motor diminuíram consideravelmente - e a própria Honda ainda tem trabalho a fazer.

“Fernando diz que podemos conseguir alguns pódios neste ano, o que é verdade em teoria, mas não sabemos exatamente onde estamos no momento”, admitiu o chefe Eric Boullier. “Temos muito por vir, mas não podemos usar tudo agora. Foi importante para nós entendermos que o modelo que usamos na fábrica está dando os mesmos resultados que vimos na pista. A partir daí podemos desenvolver o carro.”

Boullier confirmou ainda que a McLaren não usou todas as peças novas durante os testes e espera uma melhora já para a primeira etapa, o GP da Austrália, dia 20 de março.

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