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'Terror' de Hamilton em 2016, quebras não são raridade com Mercedes no topo

AFP PHOTO / ANDREW YATES
Imagem: AFP PHOTO / ANDREW YATES

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

11/05/2016 06h00

A Mercedes chegou a se defender publicamente após a série de falhas sofrida por Lewis Hamilton neste início da temporada levantar a suspeita de favorecimento a Nico Rosberg dentro do time. Mas o fato é que, mesmo tendo dominado a Fórmula 1 desde o início da temporada de 2014, a confiabilidade do carro não tem sido o ponto mais forte da equipe.

Os problemas começaram logo na primeira etapa de 2014, quando o próprio Hamilton abandonou com uma quebra de motor. O inglês voltaria a ter problemas, desta vez de freios, que o tirariam do GP do Canadá. Nico Rosberg, por sua vez, ficou de fora de duas provas daquela temporada, em que a equipe tinha grande folga em relação aos rivais e não precisava forçar muito seu equipamento: o alemão teve problemas de câmbio na Inglaterra e elétricos em Cingapura, quando sequer chegou a largar.

No ano seguinte, outro em que a Mercedes tinha grande folga em termos de performance, foram três quebras em GPs: Rosberg teve problemas no motor na Itália e no acelerador na Rússia, enquanto Hamilton não completou o GP de Cingapura, também por falha no motor.

Apesar do número de abandonos em si ser relativamente baixo, foram inúmeras as vezes em que os pilotos da Mercedes tiveram de diminuir o ritmo por conta de falhas. A mais traumática para Rosberg foi na decisão do título de 2014, quando teve um problema de ERS (sistema de recuperação de energia). Já Hamilton teve classificações comprometidas na Alemanha (freios) e na Hungria (motor).

Os problemas também apareceram nas corridas: no GP do Bahrein de 2015, os freios de ambos os carros tiveram superaquecimento, falha comum aos carros da Mercedes quando eles andam no meio do pelotão.

O último episódio foi no GP da Rússia, no qual, mesmo conquistando a dobradinha, a Mercedes enfrentou falhas em ambos os carros.
Tanto que, mesmo no final do campeonato do ano passado, vencido com três provas de antecipação, o chefe Toto Wolff já alertava para a falta de confiabilidade: “Estamos longe da nossa meta em relação a isso”, avisou.

Após a série de problemas que atingiu especialmente Hamilton - no câmbio e especialmente no motor - Wolff reforçou seu discurso. “Como as regras estão estáveis, fica cada vez mais difícil melhorar a performance. Temos de forçar os limites às vezes para melhorar e isso faz com que encontremos estes limites. Talvez esse seja nosso atual momento”, refletiu após o GP da Rússia.

Para a etapa deste final de semana na Espanha, a prioridade da equipe é acabar com a série de azares de Hamilton. “O time está trabalhando dia e noite para resolver estes problemas e nosso objetivo é ter um final de semana limpo”, declarou o diretor técnico, Paddy Lowe, em comunicado oficial.

O GP da Espanha tem treinos livres a partir das 5h e das 9h, pelo horário de Brasília, na sexta-feira. No sábado, as atividades começam com o último treino livre, às 6h, e seguem com a classificação, às 9h. A largada será também às 9h, no domingo.

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