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"Se Williams tem só o 6º melhor carro nosso ano é incrível", ironiza Massa

Clive Mason/Getty Images
Imagem: Clive Mason/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Barcelona (ESP)

03/06/2016 06h00

A tabela do campeonato não mente: a Williams perdeu terreno em relação aos líderes, e especialmente na comparação com a Red Bull, em relação ao ano passado. Afinal, após seis etapas disputadas em 2015, o time somava 81 pontos e era terceiro colocado. Hoje, tem 66 e está longe do rival mais próximo (a própria Red Bull, que soma 112).

No entanto, publicações internacionais como as respeitadas Autosport e Auto Motor und Sport avaliam que o carro de Felipe Massa e Valtteri Bottas sequer é a quarta força do campeonato. A revista inglesa, inclusive, colocou o FW38 em sexto lugar, informação que foi ironizada pelo piloto brasileiro.

“Se for verdade, a gente está fazendo um trabalho incrível porque estamos em quarto”, disse o piloto ao UOL Esporte. ”Uma publicação não tem toda a informação de todas as equipes para ter certeza de quem está na frente. Acho que em alguns aspectos a Toro Rosso está melhor que a gente, dependendo da curva, mas temos de olhar no conjunto. E o quarto lugar, para nós, é um pensamento positivo em relação a onde estamos no campeonato.”

A avaliação da Autosport coloca a Williams atrás de Toro Rosso e McLaren, além de Mercedes, Red Bull e Ferrari. Um dos pilotos da Toro Rosso, Carlos Sainz é mais modesto na avaliação de sua equipe, ainda que veja uma batalha igualada com Williams, Force India e, talvez, McLaren.

“Em termos mecânicos, acredito que somos a sexta melhor equipe, mas muito perto de Williams e Force India. Acho que o melhor é a Mercedes, depois Ferrari, Red Bull e McLaren - mas eles ainda precisam confirmar isso.”

Questão de filosofia

Além da aderência mecânica, outro fator que atrapalha a Williams em pistas de baixa velocidade, como Mônaco, e que vai influenciar menos nas próximas provas é a própria filosofia do carro, projetado para gerar menos arrasto, ou seja, menos resistência ao ar. Isso ajuda muito em pistas com mais retas, que são maioria no campeonato.

“Não é que colocamos peças no carro que adicionam menos pressão aerodinâmica que os demais”, explicou o chefe de performance da equipe, Rob Smedley, ao UOL Esporte. “A questão é de filosofia do carro: sabemos que, com nossa filosofia, vamos sofrer mais em pistas menos sensíveis ao arrasto, mas entendemos e aceitamos isso.”

Não por acaso, a expectativa da Williams é de que essa sensação de que o time tem um carro pior que Toro Rosso e McLaren fique para trás nas próximas etapas. Pelo menos no papel, os circuitos de Montreal, Baku, Áustria e Silverstone devem se adaptar melhor ao equipamento de Massa e Bottas.

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