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Fórmula 1

Dois meses após 'promoção', Verstappen já supera companheiro badalado

Dan Istitene/Getty Images
Imagem: Dan Istitene/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Barcelona (ESP)

05/07/2016 06h00

Aos 18 anos e com apenas 23 corridas de Fórmula 1 no currículo, Max Verstappen teve de enfrentar o desafio de assumir a vaga de Daniil Kvyat em uma equipe grande como a Red Bull no meio da temporada. Dois meses depois, o desempenho do holandês está longe de desapontar: mesmo com uma performance ruim em Mônaco, quando bateu em três oportunidades, e de uma prova mais apagada em Baku, Verstappen marcou mais pontos do que seu badalado companheiro Daniel Ricciardo - e igualou o número de pódios que seu antecessor conquistou em mais de um ano no time.

Assim, Verstappen marcou 59 pontos nas últimas cinco etapas, enquanto o companheiro domou 52.

A troca da Toro Rosso pela Red Bull é uma faca de dois gumes, como explicou Felipe Massa ao UOL Esporte. Por um lado, Verstappen passou de um carro menos aderente para outro, teoricamente, mais fácil de pilotar. Por outro, teve de se adaptar rapidamente a uma série de novidades.

“É mais uma questão de acostumar com os botões do volante, em ter um engenheiro diferente, um carro distinto e uma outra mentalidade, de equipe grande, o que também faz diferença.”

O brasileiro lembra que o momento escolhido pelo consultor da Red Bull, Helmut Marko, para promover a troca, foi bastante oportuno: ao optar pelo GP da Espanha, tirou um dos elementos ‘estranhos’ da equação: a pista, uma vez que o Circuito da Catalunha é amplamente utilizado nos testes e é onde Verstappen mais tinha andado.

“O fato dele ter estreado logo em uma pista que todos os pilotos conhecem muito bem, como Barcelona, ajudou muito na primeira prova. E ter um carro que já estava equilibrado também foi positivo.”

As circunstâncias da estreia, com o acidente entre as Mercedes e as incertezas estratégicas, acabaram jogando a favor de Verstappen, que protagonizou uma história incrível ao vencer logo em seu primeiro GP por um time grande.

Depois disso, o holandês foi muito mal em Mônaco, mas se recuperou sendo a melhor Red Bull no Canadá. Em Baku, os dois carros tiveram problemas com o alto desgaste de pneus e o piloto voltou a brilhar na Áustria, com o segundo lugar.

Em sua avaliação, ainda há mais a crescer, especialmente em classificação. Até agora, Verstappen ainda não superou Ricciardo aos sábados.

“Acho que sempre há mais potencial. Sempre dá para melhorar e ter resultados melhores e, como eu disse desde minha primeira corrida em Barcelona, ainda estou aprendendo. O ritmo geral está lá, só falta um pouco na classificação, que é onde você tira o máximo do carro, 100%. Mas na corrida está ficando cada vez melhor.”

Na classificação do mundial de pilotos, os bons resultados têm feito Verstappen tirar a diferença em relação ao companheiro, que disputou todas as provas pela Red Bull. Eles ocupam a quinta e sexta colocações no campeonato e o australiano tem 16 pontos de vantagem.

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