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Chefe diz que Mercedes deu 'cartão amarelo' para pilotos: 'É o aviso final'

F-1/Oficial
Imagem: F-1/Oficial

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Silverstone (ING)

07/07/2016 13h05

Um cartão amarelo. Foi assim que o chefe da Mercedes, Toto Wolff, definiu a maneira como o time tratou o acidente entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton na última volta do GP da Áustria. A equipe divulgou nesta quinta-feira, às vésperas da décima etapa do campeonato, na Inglaterra, que seus pilotos terão de respeitar novas regras internas, mas nenhuma das partes quis dar detalhes sobre quais seriam estas regras.

Ouvido pelo UOL Esporte em Silverstone, Wolff fez uma comparação com o futebol. “Um jogador não age da mesma forma após um cartão amarelo, porque ele sabe qual será a consequência se levar outro”, dando a entender que a Mercedes não vai tolerar outra batida. “É o aviso final.”

Por outro lado, o dirigente disse que isso não quer dizer que eles não possam lutar por posições. “Não queremos que eles corram como marionetes. Não quero me envolver demais e acabar com a disputa, mas tenho que proteger a marca. Podemos lidar até com um pouco mais de uma batida em 30 provas [como ocorreu entre o GP da Bélgica de 2014 e o GP da Espanha de 2016], mas três toques em cinco corridas é demais”, disse, referindo-se aos incidentes de Barcelona, da largada do GP do Canadá, e da Áustria.

Wolff disse ainda que acredita ser possível ter disputas saudáveis na pista. “Se fosse impossível, verímaos acidentes em todas as disputas e não é isso que acontece. Acredito que é possível, ainda mais levando em consideração o nível dos dois pilotos.

Rosberg, por sua vez, se mostrou surpreso quando ouviu dos jornalistas que Wolff havia dito que a reunião após Spielberg havia sido o aviso final da equipe.

“Ele disse isso? Então é muito ruim. Obrigado por me avisarem”, disse o líder do campeonato, com 11 pontos de vantagem para Hamilton, considerado culpado pela batida na Áustria. “Temos regras mais definidas, precisamos seguir essas regras, que podem - ou não - significar que temos de fazer as coisas de forma diferente. Estamos livres para correr, isso não mudou. E é o mais importante”, garantiu.

Hamilton seguiu a mesma linha. “Nosso destino sempre esteve em nossas mãos, não acho que vai mudar muita coisa. Não haverá ordens de equipe, o que acho que é uma boa notícia para os fãs. Da minha parte não muda nada. Vou continuar correndo do jeito que fiz até hoje.”

Questionado sobre os limites estabelecidos pela equipe para que ele e Rosberg briguem por posição na pista, Hamilton foi vago. “Tudo o que foi dito é privado. É uma boa pergunta. Ainda podemos competir. Em corridas como Austin e Suzuka, os comissários decidiram que estávamos”

O vice-líder do campeonato, que corre em casa neste final de semana, em um circuito em que costuma se dar bem, lembrou que “já teve dias piores” no campeonato, chegando a ter 43 pontos de desvantagem, e se mostrou confiante de que pode virar o jogo.

As atividades para o GP da Inglaterra começam na sexta-feira, com duas sessões de treinos livres a partir das 6h e das 10h, pelo horário de Brasília. O terceiro treino livre começa às 6h do sábado e a classificação, às 9h. O GP da Inglaterra está marcado para às 9h do domingo.

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