Suíço ou sueco? De onde vem o dinheiro que salvou a equipe de Nasr
O anúncio da venda da equipe Sauber em meados do mês de julho ao mesmo tempo significou um alento para o time, afundado em grave crise financeira desde o ano passado, e gerou certa surpresa. Afinal, ao contrário dos boatos que circulavam no paddock há meses, os novos donos seriam de um grupo de investimento suíço.
Não é segredo que os apoiadores da carreira de Marcus Ericsson, um grupo de empresas suecas de propriedade do bilionário Hans Rousing, chamado Tetra Laval, vinha injetando quantias generosas de dinheiro no time pelo menos desde o início do ano passado e é o mesmo que está por trás da compra. No entanto, as fontes ligadas à equipe se negam a confirmar a informação oficialmente.
“Não é nenhum segredo que tem sido um ano difícil para nós”, disse Ericsson. “Ouvi a história [de que os suecos estariam por trás do negócio]. Mas não sei nada sobre isso. Não me envolvo neste tipo de coisa e realmente não sei. Claro que me importo sobre o futuro da equipe, mas saber quem são os novos donos não é algo com que me envolvo. Sou contratado para pilotar e meu trabalho é ser o mais rápido possível na pista.”
A chefe Monisha Kalterborn, que permanece no cargo mesmo com a mudança de comando, foi outra que saiu pela tangente. Perguntada se poderia negar ou confirmar que os suecos são, de fato, os novos donos do time, limitou-se a dizer que não comentará “assuntos referentes ao pano de fundo do acordo.”
A empresa que oficialmente comprou a Sauber chama-se Longbow Finance e tem como presidente do board Raymond J. Baer, homem bastante influente no ramo financeiro suíço e com ligações com o automobilismo, especialmente com o banco, que tem grande investimento na Fórmula E.
Curiosamente, contudo, o endereço Tetral Investment Management SA, um dos nomes pelos quais a Longbow responde, é o mesmo da operação suíça da Tetra Laval International S.A. e há informações de que os mesmos investidores atuam em ambas as empresas.
O império de Rousing consiste em mais de 80 empresas, entre elas a Tetra Pak, especializada em embalagens. Seu interesse seria usar a Fórmula 1 como plataforma de marketing para suas marcas, ao mesmo tempo em que injeta dinheiro para tornar a Sauber uma equipe mais competitiva.
Para Felipe Nasr, mesmo que o dinheiro venha dos compatriotas de seu companheiro de equipe, Marcus Ericsson, o investimento é positivo para a equipe.
“É uma notícia muito boa porque traz uma perspectiva melhor a curto e longo prazo porque podemos começar a trabalhar em coisas que estavam limitadas devido a essa questão financeira. Eles querem contratar pessoas para áreas técnicas e isso abre a possibilidade de eu ficar aqui ano que vem”, disse o piloto ao UOL Esporte.
Por enquanto, os sinais do maior investimento ainda não apareceram na pista e a Sauber segue como a única equipe a não ter pontuado neste ano. Porém, Nasr espera ter um novo pacote aerodinâmico, o primeiro do ano, na etapa após a pausa de agosto, na Bélgica.
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