GP do Brasil volta a ter bandeira vermelha por chuva e público vaia
A chuva que não dá trégua neste domingo (13) forçou o GP do Brasil a entrar em bandeira vermelha duas vezes. Por volta da 20ª volta, Kimi Raikkonen, da Ferrari, rodou sozinho na reta dos boxes, ficou de frente para o pelotão que passava e por pouco não foi acertado por um dos carros. Diante do perigo de mais acidentes, a direção de prova suspendeu a corrida pela primeira vez e depois de sete voltas, de novo.
Após meia hora da primeira paralisação, o pelotão voltou à pista para uma relargada, mas depois de sete voltas atrás do safety car a disputa foi suspensa novamente enquanto o público vaiava das arquibancadas. A corrida só foi retomada novamente às 16h02, novamente com o carro de segurança na pista.
A decisão das paralisações dividiu os pilotos. Antes da primeira bandeira vermelha, Vettel foi o mais eloquente a favor da paralisação. "Isso é incrivelmente estúpido. Tem de ter bandeira vermelha. Eles vão esperar que mais quantas pessoas batam? Eu quase acertei o Kimi ali", esbravejou Sebastian Vettel no rádio, pouco antes da paralisação. Rosberg, segundo colocado, se juntou ao coro na segunda tentativa de recomeço, se juntou ao compatriota reclamando da falta de visibilidade.
Por outro lado, o líder Hamilton advogou pela liberação. "Pode liberar, Charlie", disse o inglês, em um recado direto a Charlie Whiting, diretor de prova. "A pista não está nem molhada", ele repetiu mais tarde. Irritado com a cautela excessiva, o público presente em Interlagos vaiava muito o pelotão a cada passagem pela pista.
A batida de Kimi foi a terceira logo no começo do GP, que teve largada lançada pelo safety car por conta da chuva e da falta de visibilidade. Romain Grosjean, da Haas, bateu antes mesmo do início da disputa; Marcus Eriksson perdeu o controle do carro na entrada dos boxes e forçou a bandeira amarela; e Kimi completou a trinca na reta dos boxes, no acidente mais perigoso dos três. Palmer, da Renault, ainda acertaria Kvyat quando os pilotos estavam atrás do safety car na tentativa de recomeço.
A cautela tem sido uma marca da FIA desde o acidente de Jules Bianchi, que morreu em decorrência de uma batida séria em Suzuka, em 2014. Só neste ano, duas vezes a largada foi lançada pelo safety car em momentos de chuva, em Silverstone e Monaco.
Como estava a prova
Antes da primeira bandeira vermelha, todas as disputas foram afetadas pela presença constante do safety car. Pole position, Lewis Hamilton não foi ameaçado em nenhum momento por Nico Rosberg, que por sua vez também manteve a segunda colocação. Os dois pilotos da Mercedes repetiram seguidas vezes nos rádios que era "muito cedo" para arriscar uma troca para os pneus intermediários.
Atrás dos líderes da Mercedes, a prova parecia mais intensa. Felipe Massa, que largou na 13ª posição, levou uma punição de cinco segundos por ter ultrapassado Gutierrez enquanto o safety car estava na pista. Ricciardo, da Red Bull, também sofreu uma penalização de cinco segundos, mas por ter entrado nos boxes quando o pit lane estava fechado por conta da batida de Ericsson.
O destaque brasileiro da corrida até então é Felipe Nasr, o qual largou em penúltimo e assumiu a sexta colocação entre paralisações e entradas do carro de segurança na pista.
*Atualizada com o retorno às 16h02
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