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Novo dono da F1 defende saída de Ecclestone: 'Esporte não estava crescendo'

Do UOL, em São Paulo

24/01/2017 08h58

Não demorou nem uma semana para os novos donos da Fórmula 1, a empresa norte-americana Liberty Media, fazer uma verdadeira revolução no comando da categoria, tirando Bernie Ecclestone do poder depois de mais de 40 anos e substituindo-o por Ross Brawn e Sean Bratches, ex-ESPN. Mais do que isso, o novo presidente, Chase Carey, pretende fazer com que a categoria, a seu ver estagnada, volte a crescer.

“Sentimos que particularmente nos últimos quatro ou cinco anos o negócio não estava crescendo”, opinou Carey à Sky Sports.

“O esporte não está crescendo o que deveria, e precisávamos de um novo tipo de organização para fazermos com que ele cresça no mundo de hoje, de todas as formas que precisa.”

O norte-americano defendeu a escolha de Brawn para o comando da parte esportiva. Caberá a Bratches gerir as estratégias comerciais da categoria. “Ross traz décadas de experiência e de muito sucesso no esporte a motor. Ele deseja tornar o esporte o mais emocionante e energizante para os fãs. Foram várias pessoas que me disseram que colocariam Ross Brawn no topo”, revelou.
Ecclestone segue como “parte da família”

Mesmo tendo tirado Ecclestone do poder após mais de 40 anos, Carey não deixou de reconhecer o trabalho feito pelo britânico. “Sejamos claros, meu respeito por ele é sincero. Bernie merece todo o crédito pelo trabalho que tem feito nas últimas décadas e, na verdade, ele acabou de vender o negócio por 8 bilhões de dólares, então essa é a prova cabal do valor que ele criou.”

O dono da F-1, no entanto, lembrou que Ecclestone também concentrou demasiadamente o poder e que chegara a hora de mudar. “Ele tem um olhar único para o negócio, ele entende a F-1 provavelmente melhor do que qualquer outro, e seus conselhos serão valiosos. Ele tem me ajudado muito até agora e espero que continue assim. Ele sempre fará parte da família da F-1 e sempre será bem-vindo.”

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