Ecclestone criará categoria rival da F1? Missão é quase impossível. Entenda
Em meio às perguntas sobre o que Bernie Ecclestone vai fazer após ter perdido o controle da Fórmula 1, surgiu na imprensa europeia o rumor de que o britânico de 86 anos estaria preparando, junto de seu antigo aliado Flavio Briatore, uma categoria rival.
A tentativa seria atrair equipes com menores orçamento, motores a combustão e carros baseados nos atuais GP2. Entretanto, são vários os obstáculos para que isso se torne realidade. A maioria deles, curiosamente, criados pelo próprio Ecclestone durante seus mais de 40 anos de poder na F-1 para blindar a categoria deste tipo de ameaça. Entenda:
1º obstáculo: equipes
Os contratos que prendem as equipes da Fórmula 1 à categoria valem até 2020 e, a julgar pelas primeiras reações, todos aparentam estar contentes com a perspectiva dos novos donos do Liberty Media terem ideias para aumentar a lucratividade do esporte. E o contrato da F-1 está atrelado à GP2 e GP3. Portanto, seria muito difícil atrair equipes já existentes.
2º obstáculo: circuitos
Os contratos da Fórmula 1 impedem que os organizadores de provas recebam outras categorias de monoposto e alguns dos atuais acordos, como com Silverstone, têm quase 10 anos de duração ainda em vigor. É isso, por exemplo, que impediu a realização da Fórmula Indy em Interlagos há alguns anos.
3º obstáculo: contratos com TVs
O próprio Ecclestone se certificou de que os contratos não acabassem todos ao mesmo tempo, para ajudar nas negociações. Assim, há acordos que, a exemplo dos circuitos, são bastante longos. Outro problema são os contratos de exclusividade, como o da Globo no Brasil.
4º obstáculo: campeonato mundial
A Federação Internacional de Automobilismo impede que qualquer outra categoria de fórmula utilize o termo “campeonato mundial”, o que ajudaria na prospecção de
5º obstáculo: tempo e dinheiro
Durante toda sua história na Fórmula 1, o ex-vendedor de carros usados Ecclestone se notabilizou por ganhar muito dinheiro e ao mesmo tempo não investir os próprios ganhos para fazer o bolo crescer. E, por todos os motivos citados anteriormente, a captação de recursos externos fica comprometida pelos próprios entraves criados pelo britânico, que também enfrenta a barreira do tempo, ao tentar algo novo aos 86 anos e sem um plano claro de sucessão.
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