Sem Ecclestone, equipes comemoram liberdade dada por nova gestão
Os notícias já começaram a pipocar. “GP do Canadá renova contrato com a F-1 até 2029”, “Rússia se garante no calendário até 2025”, “times comemoram maior liberdade de uso de mídias sociais em teste”. Pelo menos os primeiros sinais após a finalização da venda da categoria para o grupo norte-americano Liberty Media e a consequente saída de Bernie Ecclestone após mais de três décadas no comando são positivos.
As negociações com Canadá, que chegou a ter sua prova ameaçada para este ano devido à não realização de reformas acordadas com Ecclestone, e Rússia, além da já anunciada volta do GP da França após 10 anos longe do campeonato, que vai acontecer em 2018, são sinais importantes para a categoria. Isso porque os organizadores vinham se queixando dos valores cobrados pelo britânico e diziam ter dificuldades em obter lucro com os eventos.
Já a questão da maior liberdade de utilização de imagens durante os testes de pré-temporada foi muito comemorada entre as equipes. Sob o comando de Ecclestone, o uso especialmente de vídeos feitos no paddock e na pista era bastante restrito.
Na semana passada, Lewis Hamilton aproveitou para fazer transmissões ao vivo por meio de seu Instagram de dentro do cockpit da Mercedes, mostrando seu volante, o trabalho dos mecânicos e engenheiros ao seu redor e a colocação de seu cinto de segurança.
O inglês é o piloto com mais seguidores em todas as mídias sociais e está constantemente publicando vídeos. “Na F-1, toda vez que eu postava uma foto ou vídeo, recebia um aviso da FIA ou uma notificação de alguém para tirar do ar. Neste ano espero que eles mudem isso e permitam o uso das mídias sociais, mas é obviamente um meio de comunicação incrível.”
Outro que aproveitou a maior liberdade foi Nico Rosberg. Aposentado das pistas, o atual campeão visitou a ex-equipe e fez registros do trabalho do time. Em um deles, disse: “É muito legal que agora podemos fazer vídeos no pitlane. Obrigado, Liberty Media, é um ótimo começo.”
Ainda não se sabe se a onda de liberdade vai continuar, mas tudo aponta que ela veio para ficar. Sean Bratches, novo chefe de marketing da categoria, usou o próprio Hamilton como exemplo de engajamento nas mídias sociais e disse que esse é o caminho.
"Eu vejo os pilotos como um de nossos ativos mais fortes em termos de comunicação, celebrando sucessos e ampliando controvérsias", disse ele. "E nós podemos realmente ajudá-los a fazer isso", afirmou.
"Existem oportunidades claras nas quais estamos focados para criar novos produtos, com interfaces de usuário e conteúdo de última geração.”
A Fórmula 1 realiza nesta semana seus quatro últimos dias de pré-temporada antes da primeira prova do campeonato, dia 26 de março, na Austrália.
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