Sondado pela Honda em 2008, Fernando Alonso quase correu pela Brawn GP
A Brawn GP assombrou a Fórmula 1 em 2009. Aproveitando-se do espólio deixado pela Honda no fim de 2008, a equipe de Ross Brawn conquistou oito vitórias em 17 corridas e deu a Jenson Button o título da temporada. Rubens Barrichello, seu companheiro, ainda conquistou pelo time a última vitória de um piloto brasileiro na F1, no GP da Itália daquele ano.
Tudo isso, porém, poderia ter sido bem diferente.
Em evento realizado na Espanha, Nick Fry, ex-diretor executivo da Brawn GP e da Mercedes na F1, disse que Fernando Alonso recebeu um convite em 2008 para pilotar pela Honda, antes que a montadora decidisse deixar a categoria.
“Fernando Alonso deveria pilotar para Nick Fry e Ross Brawn em 2009. Se ele o fizesse, seria tetracampeão mundial hoje”, disse Fry, segundo publicou o site WTF1 nesta quarta-feira. "Fernando Alonso poderia ser um destes talentos perdidos. Se ele tivesse tomado decisões melhores, ele poderia ter ido muito melhor”, completou.
Segundo o site, ainda em 2008, Ross Brawn já afirmava que Fernando Alonso seria um piloto com os predicados necessários para ajudar a Honda a construir os resultados esperados. “Há Lewis Hamilton, há Kimi Raikkonen e há Fernando. Se vocês olhar estes três para uma equipe em nossa posição, na qual temos um forte processo de reconstrução em andamento, então precisamos de um piloto com capacidade de desenvolvimento, experiência e velocidade. Fernando tem tudo isso”, disse Brawn.
O discurso de Fry não deixa claro, mas Fernando Alonso ocuparia a vaga de Jenson Button – justamente o campeão daquele ano. Ao citar um quarto título do espanhol, Fry indica que o piloto permaneceria no time pelo menos até a temporada 2010, quando a escuderia deu lugar à Mercedes no grid.
Em 2008, Alonso fez seu retorno à Renault, depois de uma temporada tumultuada com a McLaren. A Honda, por sua vez, vinha de resultados apagados: a despeito do terceiro lugar de Rubens Barrichello no GP da Inglaterra de 2008, foram apenas 20 pontos nos dois últimos anos (2007 e 2008) do time na categoria máxima do automobilismo mundial.
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