Kubica explica pilotagem após grave acidente: '70% com braço esquerdo'
O retorno de Robert Kubica à Fórmula 1 após seis anos de ausência sempre foi visto com desconfiança por conta das limitações de movimento no braço direito, atingido depois de um grave acidente de rali em 2011. Mas, para seguir na elite do automobilismo, o polonês precisou se adaptar à nova realidade. Por isso, desenvolveu habilidade para jogar a maior carga de pilotagem para o outro braço.
"Quando comecei a testar com simuladores, perguntei ao meu médico se era possível ter uma sensibilidade muito melhor, mais precisão no braço esquerdo. No ano passado, fui convidado pela Renault para ir a um centro médico, onde testaram muitas dessas coisas. Na verdade, meus resultados de precisão, velocidade e força do braço esquerdo foram pelo menos 35% melhores do que os melhores que já viram", explicou o piloto reserva da Williams, em entrevista ao site "Motorsport".
"De alguma forma, seu corpo se adapta à realidade. Se você tem duas mãos, saudável, não precisa ser tão preciso com um braço. Então, quando estou pilotando, faço 70% (da pilotagem) com o esquerdo e 30% com o direito. Se eu tentasse fazer 50/50, como nos velhos tempos, não conseguiria", completou.
Em 2018, Kubica concorria a uma vaga de titular na Williams, mas foi preterido a reserva após o acerto com o russo Sergey Sirotkin, que trouxe grande aporte financeiro à escuderia britânica. Ele insistiu que as limitações físicas não colocam em risco os seus concorrentes na pista.
"Há momentos em que piloto só com a mão direita na reta, estou recuperando minha mão esquerda. Mas isso vem automaticamente, e acho que sou muito sortudo na minha posição porque nunca piloto de uma maneira física. Piloto muito relaxado", disse.
Até o momento, o polonês foi a pista em dois dias de pré-temporada em Barcelona, nos treinos livres de sexta-feira de duas etapas do Mundial de Fórmula 1 (Barcelona e Spielberg, na Áustria) e dos testes coletivos em Hungaroring, após o GP da Hungria.
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