Com vermelho escuro e preto, Ferrari é última dos grandes a lançar carro
Grande rival da Mercedes nas últimas duas temporadas, a Ferrari foi a última das grandes equipes a lançar o carro de 2019. De acordo com o chefe, Mattia Binotto, "como em 2018 tivemos um ano de bons avanços, acho que o carro é um desenvolvimento em relação ao ano passado, e não uma evolução." O engenheiro destacou contudo, em lançamento realizado na fábrica da equipe em Maranello, duas partes do carro em especial: a traseira, "bastante fina devido ao grande trabalho do setor de motores para deixar a unidade de potência mais enxuta", e a parte de cima do chassis, também bastante fina e bem trabalhada aerodinamicamente, indicando também uma necessidade menor de refrigeração por parte do motor V6 turbo.
O time italiano tem mudanças importantes e que mostram a clara influência que o ex-presidente Sergio Marchionne, que morreu devido a uma embolia pulmonar em julho do ano passado, ainda tem na empresa: como ele desejava, Mattia Binotto foi promovido de diretor técnico a chefe da equipe, substituindo o demitido Maurizio Arrivabene, e o monegasco Charles Leclerc ficou com a vaga de Kimi Raikkonen.
Binotto foi bastante elogiado pelo CEO da Ferrari, Louis Camilleri, na apresentação, descrito como "alguém que conhece a Scuderia profundamente". O engenheiro entrou na equipe logo depois de sair da universidade, no final dos anos 1990. O líder também destacou a importância da "clareza e transparência" serem cultivadas em Maranello, em clara referência aos problemas de relacionamento internos de 2018.
Já o próprio Binotto destacou os pontos positivos do ano passado - a estratégia do GP da Austrália, a atuação de Sebastian Vettel no GP da Áustria, a primeira fila conquistada no GP da Itália e o pit stop mais rápido da história no GP do Brasil - e, quando perguntado sobre a expectativa em relação ao novo carro, disse apenas que "não tem o que pensar, só focar no trabalho adiante."
Leclerc chega à Ferrari com apenas 21 anos, mas muita expectativa. Afinal, ele coleciona títulos desde as categorias de base e fez uma excelente temporada de estreia pela Sauber, pontuando em 14 das 21 etapas, com direito a uma sequência de três sétimos lugares seguidos na parte final do ano, fundamentais para o time terminar em oitavo no campeonato. "Estou muito empolgado em começar essa aventura, é meu sonho desde a infância", disse Leclerc, fruto da Academia de pilotos da Ferrari. "É um dia de muito orgulho para mim."
Já Sebastian Vettel, descrito como "mais faminto do que nunca" por Camilleri, correrá sob pressão neste ano, não apenas pelo fato do novo companheiro ser visto como um futuro campeão pela Ferrari, mas principalmente devido aos erros que cometeu ano passado na briga com Lewis Hamilton. A imprensa italiana foi especialmente dura com o alemão, e até internamente na equipe ele passou a ser questionado.
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Havia uma grande expectativa em torno do lançamento da Ferrari, uma vez que, desde que Binotto assumiu o comando técnico, o time vem se colocando na vanguarda de novas soluções aerodinâmicas e estaria entre aqueles que mais teriam de modificar sua filosofia por conta das novas regras, que deixaram as asas mais largas, altas e simples, a fim de "limpar" o ar e ajudar um carro a seguir o rival de mais perto, criando mais chances de ultrapassagens. Na asa dianteira, a largura e altura aumentaram em 20cm, e ela estará 25cm mais à frente que em 2018. Já a asa traseira "sobe" 2cm, tem aumento de 10cm de largura e a abertura do DRS ganha também 2cm, aumentando seu potencial em cerca de 25%. Outra mudança importante é o aumento do limite de combustível de 105kg para 110kg, permitindo que os pilotos forcem mais durante as corridas.
A única equipe que não fez o lançamento oficial até agora é a Alfa Romeo, mas o time, que terá Kimi Raikkonen ao lado do estreante italiano Antonio Giovinazzi, já fez um teste com seu carro nesta quinta-feira. Com isso, a ex-Sauber está na frente de times como a Williams, Renault, Haas e Force India, que mostraram versões híbridas de seus carros, e não modelos finalizados de 2019.
Mas todos os carros estarão na pista dia 18 de fevereiro, segunda-feira, no início dos testes de pré-temporada no Circuito da Catalunha, na Espanha. Serão duas baterias de quatro dias cada, com a presença do brasileiro Pietro Fittipaldi nos dois últimos dias da primeira semana, com a Haas. Fittipaldi é piloto de testes e desenvolvimento da equipe norte-americana.
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