Mick Schumacher é discreto na F2, mas sucesso na F1 anima pretendentes

Desde que Mick Schumacher começou a ganhar holofotes no kart, foi impossível dissociar sua carreira da Fórmula 1. E, sem surpresas, o filho de Michael Schumacher parece mais perto da categoria a cada dia que passa. O ano de 2019 tem sido importante para isso. Não apenas Mick chegou à Fórmula 2, como também participou de seus primeiros testes com carros de F-1. E deixou boas impressões.

Caso nenhuma surpresa aconteça, Mick pode alinhar no grid da principal categoria do automobilismo mundial em breve.

Fórmula 2: discreto na estreia

Até aqui, a temporada da última categoria na escalada até a Fórmula 1 teve apenas uma etapa, no Bahrein. Os registros deixam Mick Schumacher longe do protagonismo: foi oitavo na primeira corrida e sexto na segunda. Com oito pontos, é o oitavo colocado da temporada.

Mas não será surpresa se o alemão começar a conquistar melhores resultados a curto prazo. A Prema, equipe na qual corre, deu a Charles Leclerc o título da temporada 2017. Na GP2, antecessora da F-2, Pierre Gasly foi campeão em 2016 igualmente pilotando pelo time italiano.

Ferrari: portas se abrem

O filho de Michael Schumacher foi anunciado no começo do ano como piloto da Academia de Pilotos da Ferrari, e até agora tem aproveitado as portas que se abriram. No começo de abril, testou no Bahrein pela equipe e fez o segundo melhor tempo do dia. Depois, teve a mesma chance com a Alfa Romeo e foi o sexto mais rápido.

Nos bastidores, Mick é visto como um candidato a correr pela Ferrari já em 2020. Não apenas pelo otimismo de dirigentes e torcedores, mas também pela paciência cada vez menor com Sebastian Vettel: em sua quinta temporada pelo time, o ex-piloto da Red Bull conquistou apenas dois vices (2017 e 2018), e se vê cobrado pelos erros nas pistas. Detalhe: a Ferrari tem contrato com seus dois pilotos titulares para a próxima temporada.

Fórmula 1: e outras equipes?

Caso a vaga na Ferrari não pinte para 2020, outra possibilidade é justamente a Alfa Romeo. Em 2019, a equipe corre com o finlandês Kimi Raikkonen e com o italiano Antonio Giovinazzi. Só Raikkonen tem contrato para 2020.

Fórmula 1 e Fórmula 2: a opinião dele

Mick Schumacher testou com a Ferrari em 2 de abril e com Alfa Romeo no dia seguinte em Sakhir. Dias antes de seu primeiro contato oficial com um Fórmula 1, participou da etapa da Fórmula 2 no Bahrein. Segundo ele, foi bem fácil dividir as funções - o que deve acontecer mais vezes.

"Para mim, foi Fórmula 2 desde o começo. E depois de terminar a Fórmula 2, chegou o momento de pensar em Fórmula 1", disse ele, segundo o site Crash.Net. "Eu administrei isso muito bem. Fiquei feliz por como foi, então acho que foi um fim de semana positivo e uma semana positiva", acrescentou.

Contratos

Não foi só com a Ferrari que Mick Schumacher fechou contrato em 2019. Desde abril, o alemão tem acordo com a Under Armour, fabricante de materiais esportivos. No Brasil, a marca fornece uniformes para Fluminense e Sport, por exemplo. Atletas como Stephen Curry, Teddy Riner e Lindsey Vonn também estão no portfólio da marca.

"A Under Armour vai me ajudar a aumentar meu desempenho mais rapidamente e de forma mais eficaz, especialmente quando se trata de otimizar meus tempos de treinamento fitness e recuperação", declarou o filho de Michael Schumacher, nome bastante visado também neste mercado.

E a concorrência?

Embora seja cotado na Ferrari em 2020, nada impede que a equipe decida manter seus atuais dois pilotos. Assim como a Alfa Romeo. A alternativa então seria fixar-se como piloto de testes.

A Mercedes seria uma opção mais distante. A equipe prateada já deixou as portas abertas para o alemão no fim de 2018, mas tem Esteban Ocon de olho na vaga que hoje é de Valtteri Bottas.

Além de Mick, nomes com Giuliano Alesi e Sérgio Sette Câmara (foto) também devem tentar um lugar na Fórmula 1 em 2020.