F1 diz que nada muda após anúncio de prova no Rio. Mas quer ficar no Brasil
Após o anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que o GP do Brasil de Fórmula 1 iria de São Paulo para uma nova pista no Rio de Janeiro já a partir de 2020, a Liberty Media, empresa que controla a categoria, afirmou por meio de Sean Bratches, diretor da parte comercial do esporte, que nada muda por enquanto, segundo apurou o UOL Esporte em Barcelona, onde está sendo disputada a quinta etapa do campeonato.
A Liberty trabalha com a possibilidade de mudar para o Rio em 2021, uma vez que o atual contrato com Interlagos garante as etapas deste ano e do próximo. O grande problema da etapa paulistana é o fato dela ser a única do campeonato que não paga nenhuma taxa para receber a Fórmula 1, regalia obtida devido ao contrato que Bernie Ecclestone fechou com seu parceiro comercial e promotor do GP Brasil Tamas Rohonyi, valendo para 2018, 2019 e 2020. Tal taxa é o grande empecilho para a prova continuar na capital paulista além de 2020.
No momento, São Paulo ainda negocia para manter o GP na cidade, mas teria que arcar com uma taxa em torno de 20 milhões de dólares por ano a partir de 2021, algo semelhante ao que provas europeias pagam. Além disso, a Liberty Media não quer a continuidade de Tamas Rohonyi na promoção do GP.
Tamas não está envolvido no projeto do Rio de Janeiro, que é interessante para a Liberty Media, que quer ver a Fórmula 1 em locais mais voltados ao turismo. A ideia, com isso, é chamar público não apenas por conta das corridas, mas colocá-las como a cereja no bolo de um final de semana em um destino atraente.
De qualquer maneira, a Fórmula 1 vê o Brasil como um mercado importante e deseja continuar no país. Nos últimos anos, a Argentina apareceu como um possível substituto para a etapa brasileira e o ex-diretor de provas da F-1, Charlie Whiting, chegou a visitar o circuito em Buenos Aires e disse que só seriam necessárias pequenas mudanças para que o país voltasse ao calendário. Porém, com a situação econômica deteriorada do país vizinho, os rumores perderam força no último ano, fazendo com que o Brasil voltasse a ser a única opção na América do Sul para a categoria.
Além disso, o Brasil, maior país em que a Fórmula 1 é popular e um dos únicos em que a categoria ainda é transmitida em TV aberta, é o líder disparado em termos de audiência. O alcance do esporte no país é calculado em 115,2 milhões de pessoas por ano, muito acima da segunda colocada, a China, que chega a 68 milhões.
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