Após cinco corridas na temporada da F-1, três pilotos já são questionados
A temporada da Fórmula 1 só teve cinco corridas disputadas até agora, mas três pilotos já estão sendo questionados pelo desempenho muito abaixo do esperado. O trio composto por Pierre Gasly, da Red Bull, Robert Kubica, da Williams, e Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, tem sido batido constantemente por seus companheiros nas classificações e nas corridas e há quem aposte que pelo menos um deles não chegue ao final do ano como titular.
Na Red Bull de Gasly, mudanças de pilotos ao longo da temporada têm sido comuns. Entre o time titular e o satélite, a Toro Rosso, foram três trocas de pilotos durante o campeonato de 2016 para cá.
Gasly, que foi superado pelo Max Verstappen em todas as classificações e corridas até aqui, explica que não tem conseguido acertar sua Red Bull da maneira como ele gostaria e tem sofrido mais que o companheiro, que vive grande fase, para lidar com um carro que parece ser mais sensível a mudanças de temperatura de pista do que seus rivais.
Além disso, Gasly sofreu com uma decisão errada da Red Bull na classificação na Austrália, que o jogou para o fim do grid, e uma irregularidade do motor Honda em Baku, que o eliminou da classificação. Ainda assim, o francês é o primeiro a reconhecer que "não está satisfeito com a pilotagem", ainda que acredite estar na direção certa para melhorar.
O representante da Red Bull ainda tem o apoio do chefe Christian Horner. "Ele tem um ótimo time de engenheiros ao seu redor e sabe que nós sabemos que ele pode chegar lá. Só está demorando um pouco, e claro que ele tem um grande piloto ao seu lado, um dos melhores do grid."
Na linha de sucessão de Gasly, a Red Bull tem Daniil Kvyat, que curiosamente foi rebaixado da própria Red Bull após quatro etapas em 2016 para dar lugar a Verstappen e depois demitido no ano seguinte. O companheiro do russo, Alex Albon, está indo bem em seu ano de estreia, mas ainda estaria muito verde para o time principal.
Na Williams, Kubica é outro que está levando de 5 a 0 do companheiro - neste caso, o estreante George Russell - em classificações e nas corridas e a diferença no último sábado passou de um segundo entre os dois.
"Quando você entra em uma curva e o carro começa a escapar e você não tem a confiança de que ele vai fazer a curva, você tira o pé", explicou o polonês.
Na Espanha, Kubica usou um novo chassi, e mesmo assim disse que "não mudou nada - e não era para ter mudado, a não ser que houvesse alguma coisa errada com o antigo".
Para se ter uma ideia, apenas nas 13 voltas finais do GP da Espanha, realizado no último domingo, Kubica foi 7s mais lento que o companheiro Russell, ainda que os dois estivessem com pneus novos.
Achar um substituto para o polonês, contudo, seria complicado, uma vez que o piloto reserva, Nicholas Latifi, traz forte apoio financeiro mas não possui a superlicença necessária para ser titular. Ele busca, nesta temporada da F2, conseguir pelo menos um quinto lugar no campeonato para ter os pontos de que precisa.
O terceiro piloto questionado é Antonio Giovinazzi, que faz sua primeira temporada completa. O piloto, apoiado pela Ferrari, faz dupla com Kimi Raikkonen na Alfa Romeo e reconhece que está sentindo falta de ritmo de corrida, por ter atuado somente como piloto de testes da escuderia nos últimos anos. "E a diferença é que o Kimi consegue usar a experiência dele para acertar tudo em uma volta de forma mais consistente", explica o italiano.
Além disso, Giovinazzi tem sofrido com problemas principalmente de motor, e perdeu muito tempo de pista ou sofreu punições neste início de campeonato, o que não ajuda seus resultados: ele ainda não somou nenhum ponto, enquanto Raikkonen tem 13.
É por conta destes problemas que o chefe da Alfa, Frederic Vasseur, segue confiante em seu piloto. "Acho que o ritmo dele é bom, mas nós cometemos muitos erros com ele. Temos que dar a ele um fim de semana limpo para que ele possa fazer seu trabalho. Mas acho que ele está melhorando."
O que ajuda a permanência de Giovinazzi é o fato de sua vaga vir de uma indicação da Academia da Ferrari, que não tem substitutos imediatos. O grande candidato seria Mick Schumacher, que tem os pontos necessários para a superlicença, mas um salto para a F1 no meio da temporada seria prematuro para o piloto, que está fazendo suas primeiras corridas na F2 e ocupa apenas a 12ª colocação no campeonato após três rodadas duplas disputadas. Para manter sua superlicença em 2020, o filho do heptacampeão Michael precisa ser pelo menos quinto no campeonato.
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