Ferrari admite que pode ter de mudar totalmente o carro para vencer em 2019
A Ferrari viu a rival Mercedes fazer a dobradinha nas cinco primeiras corridas da temporada, mas a derrota do GP da Espanha foi a mais preocupante para o time italiano. Problemas fundamentais no carro do time de Maranello ficaram escancarados. O time sequer conseguiu superar, no Circuito da Catalunha no último final de semana, o mesmo tempo da pré-temporada, realizada em fevereiro.
Pior: depois de ter parecido estar mais rápida nos testes, a Ferrari amargou uma desvantagem de oito décimos na classificação e estava mais de 30s atrás da Mercedes na volta 45 do GP da Espanha, quando um Safety Car juntou o pelotão. Mesmo assim, a primeira Ferrari, de Sebastian Vettel, que terminou em quarto, chegou quase 10s atrás do vencedor Lewis Hamilton - que deu só 15 voltas com bandeira verde após a interrupção.
O GP da Espanha acabou sendo uma corrida comprometida por um piloto ferrarista freando o ritmo do outro por duas vezes durante a prova, mas ainda assim ficou clara a falta de ritmo do carro, especialmente nas curvas.
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"Estamos perdendo muito em todo tipo de curva", reconheceu o chefe da Ferrari, Mattia Binotto. "O carro sai muito de frente. É algo que realmente temos de analisar e vai demorar alguns dias para tirar conclusões sobre qual o motivo. É possível que seja uma questão de equilíbrio, de pressão aerodinâmica, e até mesmo do conceito do carro."
É a primeira vez que Binotto reconhece que a Ferrari pode ter que rever o carro conceitualmente, e não apenas tentar melhorar o equipamento que já tem. A Ferrari levou atualizações aerodinâmicas para as duas últimas etapas - na Espanha, ainda tinha um novo motor - e, mesmo julgando que tudo serviu para melhorar o carro, a distância em relação à Mercedes foi maior.
A Fórmula 1 passou por mudanças nas regras aerodinâmicas para este ano, com a simplificação das asas traseira e dianteira. E o caminho que a Ferrari escolheu seguir para lidar com essas mudanças é bem diferente da opção feita pela Mercedes e é a isso que Binotto se refere.
Mudar o conceito do carro significaria demorar muito mais tempo para tentar igualar os rivais mas, ainda assim, o chefe ferrarista disse não acreditar que a situação "seja um desastre" para o time.
"Se for uma questão de conceito, depende do que é - e acho que há coisas que dá para mexer durante a temporada. Quanto tempo vai demorar é algo difícil de responder. Acho que é mais importante para nós entender como resolver, e então tenho certeza que vamos conseguir fazer isso rapidamente", aposta.
"Em termos de potência e de velocidade de reta somos rápidos o bastante, mas certamente temos algumas fraquezas no carro que ficaram claras na Espanha. Cabe a nós tentar entender para melhorar. Isso só pode nos tornar mais fortes."
Enquanto a Ferrari não consegue se entender com seu carro, a Mercedes já abriu 96 pontos no campeonato de construtores após apenas cinco provas disputadas.
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