Conheça o piloto mais "brasileiro" do grid. E genro de Nelson Piquet
"Você quer falar português comigo?", pergunta o russo Daniil Kvyat à reportagem do UOL Esporte, iniciando um diálogo na língua da namorada, Kelly Piquet, mas logo desistindo e voltando para o inglês. "Eu entendo bastante, consigo falar devagar. Mas eu não sou muito bom no português porque ela não gosta de falar, não sei o porquê", explica o piloto, que espera a primeira filha com a brasileira, filha de Nelson Piquet, com quem tem um relacionamento que já dura três anos.
Tempo suficiente, claro, para ter encontrado o sogro em várias ocasiões, ainda que ele não goste de tocar muito no assunto. "Não fico falando de corrida com a família dela, não sou esse tipo de cara. Gosto de chegar em casa e pensar em outras coisas, é bom ter outros assuntos e não ficar levando meus problemas para casa."
O lado bom do Brasil o piloto da Toro Rosso já conhece bem - embora garanta que não aguenta mais do que uma caipirinha e explica que viveu "muito tempo na Itália, então me acostumei a tomar vinho só, então vodca também não é comigo!". No fim do ano passado, ele teve uma experiência no mínimo curiosa para um russo, acostumado às temperaturas negativas na época do Ano Novo. "Nós fomos para Fernando de Noronha, o que foi muito legal, e depois passamos um tempo com a família dela em Brasília. Foi muito bom, gosto muito do Brasil. O estilo de vida é mais relaxado, as pessoas são bondosas. Gosto muito de ir para lá."
Conhecido pelo estilo agressivo dentro das pistas, onde inclusive ganhou de Sebastian Vettel o apelido de 'torpedo' pela maneira como se atira nas lutas por posição, Kvyat se diz espontâneo fora delas e garante que não é muito de fazer planos. E foi assim até mesmo com a notícia da gravidez de Kelly, que espera uma menina para setembro.
"Estou empolgado mas, como eu disse, eu não gosto de ficar planejando. Estamos lidando com isso passo a passo. Quando ela nascer vou ver como vou lidar com isso. Estou tentando curtir o momento. Não acho que ser pai é algo que dá para aprender de qualquer jeito que não seja na prática."
Essa talvez seja uma lição que Kvyat aprendeu na própria Fórmula 1. Vindo do programa de jovens pilotos da Red Bull, ele chegou à categoria pela Toro Rosso em 2014 vindo do título da GP3 (atual F3) no ano anterior e, já em sua segunda temporada, foi promovido para o time principal da marca de energéticos.
Mas, em 2016, Kvyat sofreria um baque inesperado na carreira. Pressionada pelo pai de Max Verstappen, Jos, a promover o piloto de então 18 anos, e depois de alguns acidentes do piloto russo, a Red Bull decidiu substituí-lo pela nova estrela. Para piorar, Verstappen venceu em sua estreia na Red Bull, enquanto Kvyat tinha conquistado dois pódios em 21 corridas pelo time.
De volta à Toro Rosso, o russo caiu de rendimento e acabou sendo sacado do time durante a temporada de 2017. Após um ano como piloto de testes da Ferrari, ele foi recontratado e vive uma rara segunda chance no esporte.
Mas, desta vez, com uma nova mentalidade e a cabeça mais aberta. "É perigoso pensar dessa maneira [referindo-se a ficar dentro da família Red Bull]. Você tem que focar no próprio trabalho porque a definição do que vai acontecer não cabe a você. Quanto melhor sua performance, mais oportunidades."
Neste retorno, Kvyat está contente com seu desempenho nos sábados e estava um pouco decepcionado com os resultados nas corridas até a última etapa, na Espanha, onde foi um dos grandes destaques, conseguindo um nono lugar, à frente de carros mais rápidos que a Toro Rosso. Não por acaso, seu nome começa a circular como um possível substituto de Pierre Gasly, que não está rendendo o esperado em seu início de carreira com a Red Bull.
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