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Em seis meses, Rio se distancia da Indy e reage em busca de prova da F1

Prefeitura anunciou conversas para receber a Indy, mas negociação emperrou; meta da cidade é a Fórmula 1 em 2021 - Reprodução
Prefeitura anunciou conversas para receber a Indy, mas negociação emperrou; meta da cidade é a Fórmula 1 em 2021 Imagem: Reprodução

Emanuel Colombari

Do UOL, em São Paulo

24/05/2019 04h00

Em um intervalo de seis meses, a cidade do Rio de Janeiro anunciou planos para ter de volta corridas da Fórmula Indy e da Fórmula 1. A primeira não saiu, enquanto a segunda tem futuro incerto. No fim, o torcedor carioca se apegas às chances de voltar a ver a categoria de origem europeia, a mais famosa delas.

Em 7 de novembro, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) pegou muita gente de surpresa ao anunciar, em sua conta no Twitter, uma etapa da Indy na cidade. Segundo a informação da época, a prova aconteceria a partir da temporada 2020 da categoria.

"Recebi hoje os organizadores da Fórmula Indy americana. Os carros da Indy Rio 2020 vão percorrer trechos do Sambódromo e da Avenida Presidente Vargas. O público poderá acompanhar a prova de perto. A estimativa é que o evento gere 5 mil empregos provisórios", publicou Crivella na ocasião.

Só que o aviso surpreendeu até a Indy. Procurado pelo UOL Esporte na época, o departamento de comunicação da categoria foi breve: "Nós agradecemos o interesse demonstrado pelo Governo local, mas, neste momento, não há planos de realizar um evento lá em 2020". Já a Prefeitura do Rio disse ter recebido um projeto para a realização do evento, comprometendo-se a colaborar.

De lá para cá, a situação entre as duas partes pouco avançou. Procurada pela reportagem, a assessoria da Prefeitura afirmou que "as negociações não foram concluídas e, se e quando forem, informaremos". Já a Indy não respondeu aos contatos por e-mail.

Plano: Fórmula 1 em 2021

Passados seis meses, o Rio de Janeiro se viu novamente agitado por notícias automobilísticas. Em 8 de maio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador Wilson Witzel (PSC) e o prefeito Marcelo Crivella assinaram um termo de cooperação com a iniciativa privada para levar à cidade um Grande Prêmio de Fórmula 1 já a partir de 2020. O plano era construir um novo autódromo em "seis ou sete meses" no bairro de Deodoro, segundo Bolsonaro. O orçamento da obra era previsto em R$ 697 milhões.

Autódromo do Rio para a F1 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

À Rede Globo, o diretor comercial da Fórmula 1, Sean Bratches, confirmou em 11 de maio a existência de negociações com o Rio de Janeiro, mas para 2021. São Paulo, palco atual do GP do Brasil, tem contrato até 2020. Os paulistanos, entretanto, promovem uma queda de braço e defendem a permanência da prova em Interlagos.

O mais recente entrave no início da trajetória da pista carioca veio no dia 20. Desta vez, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou uma ação civil pública para suspender a licitação para a obra, que aconteceria no mesmo dia. Em sua justificativa, o órgão exigia a apresentação e a aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental no local, uma vez que a região escolhida para o autódromo é conhecida como Floresta do Camboatá.

No mesmo dia, porém, a Prefeitura anunciou como concluído o processo de licitação do autódromo, declarando como vencedora a empresa Rio Motorsports Holding S.A., única credenciada para a concorrência. O Rio já confirmou que negocia com a Fórmula 1 para que o Grande Prêmio na nova pista possa ser realizado a partir de 2021.

O tom até aqui é de otimismo. "A comissão empenhou esforços para analisar tudo hoje. Para a assinatura do contrato efetivamente, ainda haverá outras etapas, como a que envolve licenças e lei autorizativa", explicou Carla Julião, presidente da Comissão de Licitação do autódromo, na segunda-feira (20).

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