F1 mira retorno à África depois de quase 30 anos e conversa com dois países
Depois de anunciar o retorno da Holanda ao calendário no ano que vem, a Fórmula 1 estuda voltar também à África. O diretor comercial, Sean Bratches, inclusive, confirmou que a categoria conversa com promotores na África do Sul e no Marrocos.
"Corremos em cinco continentes e o último continente habitável em que não corremos é o africano. Fomos abordados de maneira proativa por Marrocos e Marrakesh para ter um GP lá. Existe um grande nível de interesse", disse Bratches.
"A Fórmula 1 já correu na África do Sul - na histórica pista de Kyalami, mas me disseram que a categoria saiu por questões políticas. Agora estamos estudando voltar em breve a correr lá. É importante para nós ter uma corrida na África."
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Na África do Sul, os donos de Kyalami não têm interesse em voltar a receber a prova, que foi disputada no país pela última vez em 1993, mas aceitam alugar a pista para um consórcio, que negocia com a Liberty Media, dona da F-1, e é liderado por Wayne Scheckter, primo do campeão de 1979 Jody Scheckter.
Acredita-se, contudo, que seja difícil para o consórcio angariar recursos públicos para a realização da corrida, uma vez que a Fórmula 1 é considerada elitista e iria contra a atual política do país.
Já no Marrocos, a corrida seria na pista usada atualmente pela Fórmula E. O autódromo, contudo, precisaria de atualizações para ir de nível 2 para nível 1, como manda o regulamento da Fórmula 1. O mesmo teria de ser feito na pista da África do Sul.
A Liberty Media ainda não fechou o calendário do ano que vem. Bratches disse que está "otimista em ter um calendário com 21 corridas novamente em 2020. E não acho que teremos mais do que isso."
A F-1 já confirmou que o Vietnã e a Holanda entrarão no calendário, mas cinco provas ainda estão sem contrato. Na Itália, a Liberty Media chegou a um acordo financeiro com Monza e a renovação parece uma questão de tempo, cenário parecido com o de Silverstone, na Inglaterra. Alemanha, Espanha e México, por outro lado, correm sério risco de ficar de fora da programação.
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