Emerson quer investimentos em categorias de acesso à F-1 na América Latina
Entre os 20 pilotos que disputam a temporada 2019 da Fórmula 1, apenas um é da América Latina: Sergio Pérez, mexicano da Racing Point. Para Emerson Fittipaldi, a solução para aumentar a presença latina na categoria é o investimento na base.
Presente à rodada dupla da Fórmula E em Nova York (EUA) no último fim de semana, o bicampeão de Fórmula 1 vê Pérez como o resultado de investimentos de Carlos Slim, bilionário mexicano do ramo da telefonia, no automobilismo. E espera que mais empresários possam fazer o mesmo.
"Nós, na América Latina, temos um grande problema: os empresários não fazem investimentos na base, na raiz, que é o kart, as categorias menores. Querem sempre lucrar quando (o piloto) está na Fórmula 1. Hoje temos Checo Pérez como o único representante da América Latina (na F-1). O exemplo de Carlos Slim e da Escudería Telmex (programa de incentivo de Slim) é o melhor exemplo para toda a América Latina conseguir desenvolver um automobilismo para o futuro", disse.
"Temos que ter muitos Carlos Slim na América Latina - principalmente no Brasil, que tem empresários muito grandes - para ajudar a base. Agora reclamam: cadê os pilotos brasileiros, da América Latina? Isso aqui, a Fórmula E é uma força muito grande para desenvolver pilotos também", completou o brasileiro.
A etapa de Nova York garantiu a Jean-Éric Vergne o título da temporada 2018/2019 da Fórmula E. Com cinco temporadas realizadas até hoje, a categoria se mostra, para Emerson, como uma opção viável de entretenimento e como uma alternativa para o futuro das corridas de carros.
"Estou muito contente aqui em Nova York. Para mim, é uma vitória muito grande aqui nos EUA fazer a Fórmula E aqui no Brooklyn. É fantástico. É um evento para as crianças, para a família. Um evento que é o futuro do meio ambiente e de tudo isso. O carro elétrico já é uma realidade. A Fórmula Elétrica está a cada ano crescendo muito", disse.
"Gosto muito da tecnologia nova. Sou muito amigo de Alejandro Agag (CEO da F-E), que teve a visão de fazer essa categoria. Tenho muito interesse no futuro de carros elétricos. Com a concorrência, a competição no circuito, todas as marcas que estão aqui - Mercedes, Porsche, BMW, Jaguar - vão evoluir muito na tecnologia. A competição sempre faz a aceleração da tecnologia", declarou também.
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