Formadora de talentos da Red Bull vira "cantinho do castigo" da escuderia
Quando Dietrich Mateschitz, dono da marca Red Bull, comprou a Minardi em 2005 e a transformou em Toro Rosso, o objetivo era servir, também, como uma desenvolvedora de talentos para a Red Bull Racing. Por muitos anos, isso se cumpriu. Foi de lá que saíram o tetracampeão Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo e Max Verstappen.
Mas no meio do caminho, a equipe passou a ser usada como um "cantinho do castigo" da Red Bull. Se o desempenho do piloto é considerado insatisfatório, ele é mandado da equipe principal para a irmã. O primeiro a sofrer com isso foi Daniil Kvyat, "rebaixado" logo na quarta prova de 2016 depois de somar 21 pontos. Agora, a situação se repete com Pierre Gasly.
O francês ocupa a sexta posição do Mundial de Pilotos, mas acabou ofuscado pela ótima temporada de Max Verstappen. O holandês coleciona duas vitórias nas últimas quatro provas, ocupando a terceira colocação do campeonato.
Assim como havia feito com Kvyat, a Red Bull decidiu trocar Gasly com um piloto da Toro Rosso. A bola da vez é Alexander Albon, 15º colocado no campeonato, uma prova de que o castigo de Kvyat se mantém. O russo tem 14 pontos a mais que seu companheiro de equipe, mas foi preterido por ele quando uma vaga na Red Bull reabriu.
Segundo a escuderia, a intenção da troca é avaliar Albon nas nove provas restantes para definir quem será o piloto titular em 2020 ao lado de Verstappen. A postura indica que Kvyat corre por fora nessa briga pela titularidade da equipe principal.
A mudança dos pilotos começará a partir do GP da Bélgica, que será realizado no dia 1º de setembro.
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