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Mesmo em "território Mercedes", Hamilton teme perder mais uma para Ferrari

Charles Leclerc e Lewis Hamilton durante GP da Itália; Ferrari levou a melhor na pista - Massimo Pinca/Reuters
Charles Leclerc e Lewis Hamilton durante GP da Itália; Ferrari levou a melhor na pista Imagem: Massimo Pinca/Reuters

Julianne Cerasoli

Colaboração para o UOL Esporte

27/09/2019 12h00

A Ferrari vem de três vitórias seguidas na da Fórmula 1, incluindo triunfos na Bélgica e na Itália, pistas em que a superioridade era esperada. Mas o que gerou muita especulação no paddock foi a performance em um circuito completamente diferente, nas ruas de Singapura. Lá, no último domingo (22), a equipe conseguiu uma dobradinha que nem ela esperava. O resultado acendeu sinal de alerta nos rivais Mercedes e Red Bull, que acreditam que a escuderia agora pode andar forte em qualquer pista, e fez com que o líder Lewis Hamilton temesse mais uma derrota para os adversários.

Neste fim de semana, a Fórmula 1 está em Sochi, na Rússia, para Grande Prêmio que tem sido dominado Mercedes desde 2014, ano da estreia da pista no campeonato. Todas as cinco corridas disputadas no circuito até aqui foram vencidas pelo time prateado, mas Hamilton tem motivos para acreditar que a história das três últimas corridas podem se repetir.

"Estamos conscientes da nossa posição. Aqui temos uma reta de quase dois quilômetros e sabemos o quão rápidos eles são nas retas. E o que aconteceu nas últimas corridas foi que eles conseguiram usar isso a favor deles na classificação, e na corrida ficamos presos atrás deles, sem podermos passar. Sabemos disso e sabemos que a velocidade de reta não é algo fácil de melhorar. Mas há outras áreas em que podemos melhorar e que podem mudar nossa posição, então estamos tentando focar nelas", afirmou.

Companheiro de Mercedes de Hamilton, Valtteri Bottas, contou ao UOL Esporte quais são essas áreas. "Analisamos tudo o que aconteceu em Singapura e chegamos à conclusão que o mais importante foi a classificação, pois não maximizamos o potencial dos pneus. Mas, na corrida, o carro estava muito forte e não tivemos problemas de degradação de pneus. Sabemos qual é nosso ponto fraco. Não trouxemos nenhuma novidade para o carro, mas sabemos que nossa base é forte. É uma questão de maximizar o que temos", explicou.

Mas Sebastian Vettel, vencedor da última corrida, avisou que a vantagem da Ferrari não vem mais só da velocidade de reta, como eles mostraram em Singapura, circuito com 23 curvas. Para o alemão, um trabalho que começou a ser feito ainda em junho para melhorar o equilíbrio do carro finalmente deu frutos importantes.

"As melhorias que trouxemos para Singapura nos deram mais liberdade para explorar os acertos. O que encontramos e precisamos encontrar é mais aderência no geral, porque daí vamos conseguir acertar o carro para o que a pista requer, e não para o que o carro está pedindo porque ele está desequilibrado", opinou.

Em outras palavras, isso significa que a Ferrari acredita estar menos dependente de sua maior velocidade de reta e agora tem a possibilidade de ir bem não apenas em circuitos que têm muito tempo de aceleração plena. Por isso, a pista da Rússia é um bom teste. Mesmo tendo a longa reta citada por Hamilton, Sochi tem outras características que favorecem a Mercedes em teoria: o asfalto liso, curvas mais longas e variadas e temperatura bem mais amena do que em Singapura.

Hoje, a Fórmula 1 realizou os dois primeiros treinos livres, mas a hora da verdade começa na classificação, marcada para as 9h de amanhã pelo horário de Brasília. A corrida tem largada agendada para as 8h10 de domingo.

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