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Estratégia polêmica da Ferrari cria tensão em GP; chefe e pilotos minimizam

 Sebastian Vettel e Charles Leclerc durante GP da Rússia - Dimitar Dilkoff/AFP
Sebastian Vettel e Charles Leclerc durante GP da Rússia Imagem: Dimitar Dilkoff/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/09/2019 09h34

A estratégia da Ferrari na largada para o GP da Rússia de Fórmula 1 provocou tensão entre os pilotos Sebastian Vettel e Charles Leclerc e polêmica na web. Afinal, a escuderia acertou no jogo de equipe que acabou levando o alemão de terceiro lugar para a liderança? No final, a vitória foi do britânico Lewis Hamilton.

A largada de Vettel, pulando na frente do pole Leclerc e do britânico Lewis Hamilton, foi resultado de uma estratégia da Ferrari para que o alemão aproveitasse o vácuo do carro do companheiro de equipe e ultrapassasse o piloto da Mercedes.

Vettel, porém, fez mais e pulou para liderança. Na sequência da corrida, a estratégia ficou nítida nas conversas por rádio dos pilotos com a equipe. Na décima volta, por exemplo, a Ferrari avisou a Leclerc que a troca de posições seria feita posteriormente, em uma clara indicação de que a ideia era recompensar o pole por ter feito o jogo de equipe.

Só que Vettel pisou fundo nas primeiras voltas e abriu vantagem na liderança. Quando a Ferrari cogitou fazer a troca de posições, Leclerc não estava perto o suficiente para fazer a ultrapassagem. E, para piorar, Hamilton se aproximava dele.

Leclerc evitou reclamar da situação, mas seu desconforto era claro. "Eu respeito tudo, nós conversaremos depois. Mas agora está difícil se aproximar, obviamente", disse.

"Entendo completamente, a única coisa é que eu respeitei (o plano no início), eu dei a ele a possibilidade do vácuo, sem problemas", completou.

Após a troca de posições ter ocorrido nos boxes, Vettel acabou tendo problemas mecânicos e abandonou. Curiosamente, o problema com o alemão gerou um safety car virtual que acabou ajudando os pilotos da Mercedes, que aproveitaram para fazer a parada e voltaram à frente de Leclerc, que terminou em terceiro.

Equipe e pilotos minimizam

Depois da corrida, Leclerc, Vettel e o chefe de equipe Mattia Binotto minimizaram a situação, apesar de claramente ela ter causado desconforto durante a corrida.

"Pedimos a Charles que concedesse o vácuo a Vettel, porque era a melhor maneira de estar à frente da primeira volta, mas talvez devêssemos ter sido mais claros com eles antes da corrida", disse Mattia Binotto.

"Nós não mudamos imediatamente a posição entre eles porque com um ritmo tão rápido isso poderia não ter sido a coisa ideal, mas houve outras ocasiões depois para mudar. Vamos conversar com eles novamente para nos ajudar a ver o que ocorreu no começo", completou.

Leclerc também evitou reclamar sobre a situação, embora tenha pedido conversa para esclarecer a situação.

"A tática era dar o vácuo para que ele passasse no fim da reta e depois não sei. Tenho que conversar com a equipe. Eu sempre acreditarei na equipe. É uma pena para a equipe não ter um segundo carro no pódio. As Mercedes foram muito mais rápidas que na classificação. Temos que entender e melhorar isso nas próximas corridas. O terceiro lugar foi o melhor que podíamos ter feito, infelizmente, após a saída do safety-car", disse Leclerc.

Já Vettel disse que cumpriu o combinado. "Realmente não quero falar sobre isso. Cumpri o combinado. É uma pena porque tínhamos uma boa oportunidade de fazer uma dobradinha. Um carro não terminou e o outro foi terceiro. Não era o que queríamos", afirmou, disse.

Na web, a repercussão sobre a estratégia da Ferrari foi grande. Confira:

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