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Fórmula 1 apresenta carro futurista e novo regulamento para temporada 2021

Do UOL, em São Paulo

31/10/2019 13h07

Resumo da notícia

  • Após atraso, a F1 apresentou novo regulamento, que culmina com o novo desenho dos carros
  • Além de modelos mais "sexy", estão em jogo aumentar a competitividade e sustentabilidade
  • Entre as mudanças, há novas rodas, mudanças nas asas e assoalho e entradas de ar atualizados
  • Haverá teto de gastos por time: US$ 175 mi para o que envolve carros na pista - sem contar salários de pilotos
  • O presidente da FIA e o CEO da Fórmula 1 reforçaram o compromisso com o meio ambiente

A organização da Fórmula 1 mostrou as primeiras imagens dos carros da temporada de 2021. Eles trazem muitas novidades em relação ao que se vê hoje, com um design arrojado - ou "sexy", como a entidade definiu, em seu Twitter - e feito para aumentar as disputas dentro da pista. Tudo isso chega junto a um novo regulamento aprovado ao lado da FIA e apresentado em Austin (EUA).

Via Twitter, a entidade anunciou: "Diga olá para o futuro da Fórmula 1. A contagem regressiva para 2021 começa agora."

As mudanças começam com rodas de 18 polegadas e uma estrutura mais fina, passam por novas entradas de ar e desenho do assoalho e chegam a um conceito renovado nas asas traseiras e dianteiras,

A novidade não representa apenas uma mudança nos carros, mas a confirmação de um novo pacote de regulamentações técnicas, esportivas e de regulamento que a Fórmula 1 prometia entregar no meio do ano, mas que foi apresentada só agora, após debates com acionistas e escuderias.

O novo regulamento foi aprovado e anunciado hoje, em Austin (EUA) com Jean Todt, o presidente da FIA, Chase Carey, CEO da F1, e Ross Brawn, um dos diretores da F1, entre outros.

As novas regras vêm de um estudo profundo que FIA e F1 realizaram por dois anos, com objetivo de criar carros com um aspecto futurista e que fossem atraentes para os torcedores. As metas são ter corridas mais imprevisíveis, competição mais equilibrada e justa e uma categoria mais economicamente e esportivamente sustentável.

O novo regulamento traz pela primeira vez um teto de gastos para os times, de US$ 175 milhões - R$ 547 milhões. O objetivo é que o campeonato possa ser ganho, também, por quem utilizar melhor seu orçamento.

"A Fórmula 1 é um esporte incrível, com grande história. Nós respeitamos profundamente o DNA da F1, que é uma combinação de grande competição esportiva, marcada por talentosos e corajosos pilotos e circuitos de última geração. Nosso objetivo é aumentar a competitividade e fazer deste esporte mais saudável e atraente para todos. A aprovação das novas regras é uma virada e ajudará para que entreguemos um produto melhor aos fãs", disse Chase Carey.

Ele pontuou que o impacto ambiental é um dos mais importantes na cabeça dos dirigentes. "Vamos divulgar um plano para reduzir e, em última instância, eliminar o impacto no meio ambiente. Sempre fomos pioneiros na nossa indústria, e acreditamos nisso", completou. "Este é um elemento crucial para a FIA e vamos continuar os esforços por melhores motores e combustíveis", adicionou Jean Todt.

Novo desenho do carro da F-1 para 2021 - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Principais mudanças

Aparência do carro

A F1 fala em uma nova "filosofia" no desenho de seu carro, com um "corpo" mais atraente, asa dianteira simples, asa traseira mais larga e mudanças no assoalho. A suspensão foi simplificada e as rodas agora têm 18 polegadas. A proposta é que as rodas tenham um display de LED, passando por ali informações aos espectadores.

Disputas mais apertadas

Apesar do aspecto visual, ele não chega sozinho. As mudanças externas servem não só para "cosmética", mas para aumentar a competitividade. O carro de 2019 perde até 40% de sua eficiência quando está atrás de outro competidor. Com as novidades, isso cai para 5 a 10%, já que o ar do carro da frente sairá mais limpo e dirigido para cima, aumentando as chances de luta por posição.

Finanças mais equilibradas

O teto de gastos de US$ 175 milhões por equipe cobre tudo o que representa gastos em pista. No entanto, ficam fora dessa conta salários de pilotos e gastos em marketing, por exemplo. Com isso, espera-se diminuir a diferença entre escuderias mais ricas e mais pobres e deixar a decisão para o braço e o acerto do carro.

Menos atualizações

Serão limitadas as atualizações técnicas nos carros, reduzindo os gastos e deixando a competição mais equilibrada. Também haverá peças padrão para todos os carros ou elementos que terão um design definido por regra. Com o novo regulamento, os carros ficarão um pouco mais pesados, os aquecedores de pneus seguem liberados - mas com restrições - e o sistema de exaustão passa a contar dentro da unidade motriz, que segue com limite de seis jogos por temporada, por piloto.

Pneus

A nova estrutura de pneus é feita para que eles tenham menos desgaste e foram pensados para ter uma parede lateral mais rígida e, com isso, deixarem a aerodinâmica dos carros mais simples - mais um elemento para aumentar a competitividade.

Os fins de semana

A organização prevê pequenas mudanças na estrutura dos fins de semana de corrida, que serão condensados, para melhorar a experiência dos fãs. O novo número limite de corridas por temporada é de 25. O terceiro treino de classificação será usado apenas com as definições que podem ser usadas em corrida, sem que se possa testar novidades.

Túneis de vento

A F1 também limitou o número de testes em túneis de vento, para diminuir gastos. A ideia é compensar isso com mais experiências usando simulações digitais.

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