Senna "vive" em Interlagos nos muros, em velha McLaren e no braço de Vettel
Resumo da notícia
- Ayrton Senna, que morreu há 25 anos, é um dos temas principais levantados pela organização do GP Brasil.
- A McLaren de 1988, ano do primeiro título mundial, andou na pista ontem (14) e será oficialmente guiada por Bruno Senna no domingo (17).
- Vettel, que foi de perto acompanhar o carro, usou uma pulseira amarela, verde e azul e comentou sobre a referência a Senna.
- "Ele é provavelmente a primeira figura com a qual relacionei a Fórmula 1. Senna possui um dos maiores legados", disse o tetracampeão.
- De outra geração, o italiano Antonio Giovinazzi também tratou Senna com enorme admiração.
Ayrton Senna segue vivo em Interlagos, mesmo 25 anos depois da trágica morte ocorrida em San Marino. Fora as clássicas pinturas nos muros, vistas no caminho para o circuito palco do Grande Prêmio do Brasil, o próprio ambiente da categoria se mobilizou para relembrar o lendário brasileiro, que recebe homenagens do evento e dos pilotos, fãs declarados do tricampeão mundial de Fórmula 1.
A organização vai promover a estreia paulistana da McLaren MP4/4, carro consagrado por Senna em 1988 e guiado no Brasil somente no Rio de Janeiro, justamente a cidade que pode substituir São Paulo como palco da F1 a partir de 2021. O carro do primeiro título mundial de Ayrton estará na pista domingo (17), sob pilotagem do sobrinho Bruno.
A primeira amostra ocorreu ontem (14), em forma de teste, e foi acompanhada de pertinho por Sebastian Vettel. O tetracampeão mundial quebrou de certa forma o protocolo e se aproximou da McLaren de Senna, assim que o carro completou as voltas na pista de São Paulo. Não faltaram câmeras de celular de curiosos, desde VIPs até funcionários das equipes que tiraram alguns minutos para assistir ao carro de Senna.
Privilegiado, Vettel analisou cada centímetro do veículo, sem se intimidar com a presença de fotógrafos e das câmeras que exibiram as voltas no circuito interno de TV em Interlagos. No punho esquerdo, uma pulseira amarela com uma faixa verde e outra azul, design facilmente associado ao capacete que marcou a carreira de Senna e que virou assunto na entrevista concedida na Ferrari.
"Lembro dele exausto na corrida no Brasil [1991], lembro das imagens na TV. Meu pai era muito fã, e as influências dos pais ajudam nessa [risos]. Ele é provavelmente a primeira figura com a qual relacionei a Fórmula 1. Senna possui um dos maiores legados", destacou Vettel, que convive constantemente com as lembranças de Ayrton.
"Infelizmente não tive a chance de dividir momentos, mas tenho a chance de viver memórias com pessoas próximas a ele. Senna é incrível e especial para nós. Foi um grande na minha infância, o nome Senna estará sempre presente", destacou.
A memória do GP Brasil também foi partilhada por Antonio Giovinazzi. Nascido em 1993, o italiano da Alfa Romeo citou Senna assim que perguntado sobre as referências brasileiras. Será a estreia do piloto de 25 anos no circuito de Interlagos.
"Ele é um dos meus ídolos, sempre ouvi falar dele, suas corridas, seus feitos. Senna é história da Fórmula 1. Um dos maiores, uma lenda. É instantâneo lembrar da corrida com uma marcha [GP Brasil de 1991], lembro sempre das lágrimas dele no pódio", contou, em conversa com o UOL Esporte.
"Poder estar aqui e correr aqui pela primeira vez é gratificante. Estou animado para correr aqui no Brasil", acrescentou o italiano que estreia no circuito, palco de alguns dos momentos mais marcantes da história da Ayrton Senna.
O nome de Senna deve seguir em alta durante todo o fim de semana. O auge das homenagens ocorrerá no domingo, quando Bruno pilotar a antiga McLaren no circuito paulistano. As memórias, entretanto, seguirão constantes, conforme a imagem que a F1 e São Paulo querem exibir em 2019.
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