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São Paulo tem reunião em dezembro por Fórmula 1 em Interlagos até 2030

João Doria em entrevista coletiva ao lado de Chase Carey, da Liberty Media, proprietária da Fórmula 1 - José Edgar de Matos/UOL
João Doria em entrevista coletiva ao lado de Chase Carey, da Liberty Media, proprietária da Fórmula 1 Imagem: José Edgar de Matos/UOL

José Edgar de Matos e Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/11/2019 12h43

Resumo da notícia

  • O governador de SP, João Doria, concedeu entrevista hoje (17) para anunciar uma nova reunião com a F1.
  • Em dezembro, prefeitura e governo de SP vão apresentar a proposta para manter a F1 em São Paulo de 2021 até 2030.
  • Doria se mostrou confiante: "Aqui é o local mais adequado, mais apropriado para a continuidade do GP. Temos já uma tradição de 38 anos".
  • A discussão pela taxa anual paga para a Liberty Media, que administra a F1, será uma das pautas do encontro no mês que vem.
  • O Rio de Janeiro aparece como concorrente principal e única cidade no país com a chance atual de tirar a F1 de São Paulo.
  • O autódromo de Interlagos, a partir do ano que vem, será gerenciado pela iniciativa privada.

Uma reunião na primeira semana de dezembro pode sacramentar a permanência do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 na cidade de São Paulo a partir de 2021 até a temporada 2030. A capital paulista tem a concorrência do Rio de Janeiro, que recebeu até apoio do presidente Jair Bolsonaro.

A informação foi divulgada na manhã deste domingo pelo governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa ao lado de representantes da prova brasileira e do próprio Chase Carey, CEO da Liberty Media [empresa que controla a F1], no autódromo de Interlagos.

"Vamos nos reunir na primeira semana de dezembro com a Liberty e com o Chase Carey, com o Tamas Rohonyi [promotor do GP Brasil] e a prefeitura de São Paulo. Estamos juntos, governo e prefeitura, nesta iniciativa e no que depender de nós, a Fórmula 1 vai continuar por mais dez anos em São Paulo", afirmou João Doria.

Há um fator que ainda afasta a renovação de contrato de São Paulo com a F1. Diferentemente do atual contrato, assinado ainda na gestão Bernie Ecclestone, a cidade precisa pagar uma taxa anual para a Liberty. Somente com esta aprovação da organizadora da F1, a renovação do contrato será viável.

Segundo apurou o UOL Esporte, prefeitura e governo ofereceram US$ 20 milhões [R$ 84 mi] por ano para seguir com a F1 em São Paulo pela próxima década. A proposta carioca pela "taxa de realização" do Grande Prêmio Brasil, segundo fontes ouvidas, é superior a da defendida pelo governador paulista e ultrapassa a casa dos US$ 35 mi [R$ 146].

Para reforçar uma posição confiante sobre a permanência de São Paulo na F1, Doria citou uma declaração dada por Lewis Hamilton na quarta-feira, em evento da Petronas, para defender que os pilotos e equipes gostam do autódromo paulistano.

"Nossa posição é defender a F1 em São Paulo e é exatamente isso o que estamos fazendo. Aqui é o local mais adequado, mais apropriado para a continuidade do GP. Temos já uma tradição de 38 anos realizando com enorme sucesso. Os pilotos gostam da pista, alguns classificam o circuito como um dos melhores do mundo", sentenciou, sem querer entrar em embate com o Rio e o governo federal.

"É a opinião de vários outros pilotos também e das equipes. Eu não quero entrar no debate sobre Rio de Janeiro, o governador [Wilson] Witzel, o presidente [Jair] Bolsonaro, a quem eu respeito, mas tudo aquilo que a prefeitura e o governo de São Paulo puderem fazer para manter, nós já estamos fazendo e eu quero dizer que estou otimista e com a convicção de que vamos avançar", disse o governador.

Ao mesmo tempo em que as autoridades brigam para sustentar o GP em São Paulo, o autódromo de Interlagos vai passar por uma mudança significativa. De acordo com Doria, a ideia de governo e prefeitura é anunciar a concessão do espaço para a iniciativa privada já em janeiro.

O governador de São Paulo elencou dados, como número de homicídios, para reforçar a defesa de São Paulo para a Fórmula 1. Doria defende até a mudança do nome da prova, caso a reunião com a Liberty termine com a renovação do compromisso. "Grande Prêmio de São Paulo de F1", sentenciou, quebrando a tradição do GP Brasil.

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