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'A Ferrari está vivendo em negação', critica CEO da McLaren sobre pandemia

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, afirmou que "não é hora de se apressar" - Maxim Shemetov/Reuters
Mattia Binotto, chefe da Ferrari, afirmou que "não é hora de se apressar" Imagem: Maxim Shemetov/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/04/2020 17h59

O CEO da McLaren, Zak Brown, disse ontem em entrevista coletiva através do Zoom que a Ferrari está "vivendo em negação", referindo-se a como a escuderia tem rechaçado as propostas de diminuição do teto de gastos da Fórmula 1 mediante a crise do coronavírus.

Na última terça-feira, o chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, afirmou ao jornal "The Guardian" que "não é hora de se apressar", respondendo às propostas das demais escuderias.

"Acho que todos reconhecemos que nos tempos modernos estamos passando pela maior crise que o mundo passou. Você tem países fechados, indústrias fechadas. Acho que é um erro crítico não ter pressa de resolver o que está acontecendo", afirmou Brown.

"Ele [Mattia] está vivendo em negação. Acho que você verá praticamente todos os presidentes, primeiros-ministros ou CEOs de todo o mundo operando com pressa para enfrentar esse problema de frente. 'Tomar o nosso tempo', acho que é uma estratégia de liderança muito ruim", completou.

Segundo Binotto falou ao "The Guardian", o atual teto de R$ 813 milhões "já é uma solicitação nova e exigente em comparação com o que foi estabelecido em junho passado. Não pode ser alcançado sem sacrifícios significativos adicionais, especialmente em termos de nossos recursos humanos".

Por fim, Brown já havia dito que o esporte corre o risco de perder até quatro de suas dez equipes atuais se a crise não for tratada corretamente. A temporada da Fórmula 1 ainda não começou e não deve continuar até julho, com as corridas europeias a portas fechadas.

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