Polêmica com "Mercedes Rosa" e sonho de Hamilton: frases do GP da Hungria
Independentemente de seu sucesso na busca pelo sétimo título mundial, Lewis Hamilton tem mostrado a cada prova sua preocupação com o combate ao racismo. Na Fórmula 1, o britânico faz a sua parte em todas a corridas, mas exige um comprometimento maior da categoria.
Isso veio à tona novamente na Hungria, onde não houve mobilização de todos os pilotos em manifestação feita por Hamilton na cerimônia de abertura da prova. "Gastei muita energia na Áustria tentando convencer alguns dos pilotos. Mas o que importa é quem está fazendo e apoiando. Meu sonho é ver todos juntos ajoelhados na frente do grid, mostrando que estamos unidos".
A cobrança também foi em direção do francês Romain Grosjean, presidente da GPDA (Associação de Pilotos da Fórmula 1). "Ele não acha que é importante fazer. Ele é um daqueles que acham que foi feito uma vez e era isso que era necessário. Precisamos falar com a F1 porque foi muito corrido. Eu saí correndo do meu carro, me ajoelhei na minha posição? Eles precisam fazer mais. Eles ficam falando que estão lutando pela diversidade, mas eles não estão dando a plataforma para que nós façamos".
Soberano na Hungria
A supremacia de Lewis Hamilton ficou escancarada em um fim de semana irretocável no GP da Hungria. Pole position, vitória sem grandes sustos e, de quebra, a melhor volta da corrida. Esse combinado na terceira etapa da temporada 2020 levou o piloto britânico à liderança do Mundial de Fórmula 1 depois de um susto na primeira corrida do ano.
"A primeira etapa teve alguns problemas, e talvez eu não estivesse pronto. Agora eu refiz o foco, e as duas últimas provas foram fantásticas. Neste fim de semana, nós chegamos ao ponto, e só precisamos manter isso", afirmou o piloto da Mercedes, após o 86º triunfo de sua carreira, o oitavo no circuito de Hungaroring.
Racing point se defende
O GP da Hungria também marcou mais uma etapa de protesto da Renault contra os carros da Racing Point. A alegação da escuderia é de cópia do sistema de freios criado pela Mercedes. Isso já havia acontecido no GP da Estíria, quando a Racing Point colocou o mexicano Sergio Pérez na sexta posição.
"Nosso carro é 100% legal, não descumprimos nenhuma regra. Acho que vai ser inútil ficar discutindo a mesma coisa toda o tempo todo. É uma questão de ver as soluções das outras equipes e adaptar para o nosso carro. Nós queríamos fazer isso há anos, seguir o carro mais vencedor do grid, mas antes não tínhamos os recursos", afirmou Otmar Szafnauer, chefe da Racing Point.
Vitória moral de Verstappen
O holandês Max Verstappen chegou à corrida na Hungria sem a mesma moral de outros tempos. Fez um treino classificatório ruim e ainda bateu o carro quando se dirigia ao grid de largada. Mas, surpreendentemente, chegou em segundo lugar, dando o mérito todo à sua equipe, que consertou a parte frontal de sua Red Bull em pouco mais de vinte minutos.
"Esse pódio é definitivamente dedicado aos meus mecânicos. Como um time, nós nunca desistimos, e os mecânicos fizeram um trabalho incrível para consertar o carro tão rapidamente. Eu pensei que não iria correr, então o segundo lugar é como uma vitória. E o segundo lugar é como uma recompensa ao trabalho deles."
Tetracampeão desolado
O alemão Sebastian Vettel parecia desolado depois de mais uma corrida de desempenho abaixo da crítica da Ferrari. Ele chegou em sexto lugar, uma posição acima da que largou, e alcançou seu melhor resultado na temporada. Para completar, ainda precisou responder à "Sky Sports" ao fato de ter levado uma volta de Lewis Hamilton no GP da Hungria.
"Você está surpreso? Eu não estou. Antes mesmo da corrida, já estava claro que eles nos dariam uma volta, então não foi uma surpresa", declarou o tetracampeão mundial.
"Acho que hoje essa posição era onde poderíamos terminar, quinto ou sexto lugar, mas provavelmente nada além disso", explicou Vettel, mostrando-se conformado.
Derrota de Bottas
Principal concorrente de Hamilton na disputa pelo título mundial, o finlandês Valtteri Bottas é outro que volta para casa com uma sensação de decepção. Ele largou na segunda colocação e previa uma disputa acirrada na primeira curva. Mas perdeu quatro posições logo na volta de abertura e precisou se recuperar até terminar o GP da Hungria na terceira posição.
"Foi uma corrida ruim para mim. Começando em segundo, obviamente o objetivo era vencer. Eu perdi na largada. Eu perdi muitos lugares, e isso fez a corrida difícil para mim".
Decepção na Ferrari
Charles Leclerc, jovem aposta da Ferrari para os próximos anos, foi outro que não engoliu bem o desempenho de seu carro em Hungaroring. Depois de ficar em segundo na primeira etapa, na Áustria, ele não voltou a pontuar. Ontem, chegou em 11º, depois de largar na sexta colocação.
"É decepcionante, mas agora nós precisamos trabalhar. Para ser honesto, acho que havia alguma coisa errada na corrida. Não parecia o carro com o qual eu tinha me classificado no sábado ou o carro do treino de sexta-feira", disse o monegasco de 22 anos de idade.
Stroll queria ir além
Outro piloto da nova geração também esperava desempenho melhor no GP da Hungria. O canadense Lance Stroll, da Racing Point, largou em terceiro lugar, que foi sua melhor posição na carreira desde o segundo posto no grid do GP da Itália em 2017, mas terminou em quarto.
"Definitivamente acho que o pódio era possível hoje. Foi um fim de semana sólido do começo ao fim, e eu realmente acredito que temos o segundo carro mais rápido aqui neste fim de semana, o que me dá muita positividade neste ano", afirmou o piloto, que pontuou pela segunda vez na temporada e ocupa o oitavo lugar na classificação geral com 18 pontos.
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