6 dúvidas sobre a nova Williams agora comprada por americanos
A Williams Racing, uma das mais tradicionais equipes da Fórmula 1, foi comprada nesta sexta-feira (21) pelo fundo norte-americano Dorilton Capital. A negociação era vista como essencial para manter o time em atividade, já que a saída de patrocinadores, maus resultados nos últimos anos e a crise causada pela pandemia do novo coronavírus colocavam em risco a continuidade da equipe.
A equipe fundada por Frank Williams e Patrick Head em 1977 tem nove títulos do mundial de construtores e sete títulos de pilotos, mas está longe dos tempos áureos. A última conquista foi em 1997 com Jacques Villeneuve e vive uma seca de vitórias desde 2012.
Desde então, a equipe foi sendo deixada para trás com a entrada de grandes investidores nos times adversários e deixar de ser uma escuderia familiar foi a única saída. Agora, ficam algumas dúvidas sobre o futuro da equipe.
O UOL Esporte lista as principais perguntas após a chegada do novo investidor.
A Williams vai mudar de nome e de sede?
A Williams Racing é uma das mais tradicionais equipes da Fórmula 1 e sua marca é conhecida no mundo inteiro. Justamente por isso o grupo de investidores manterá o nome e a sede da equipe em Grove, Oxfordshite, na Inglaterra. Será mantida também a sigla FW (iniciais do fundador da equipe) nos chassis do time.
"É importante respeitar e manter a herança da Williams", afirma o comunicado da compra.
A Williams vai mudar a cor?
A Williams tem apresentado modelos com cores bastante diferentes ano a ano e muitas vez o azul, cor tradicional da equipe, foi deixado de lado. Em 2020, por exemplo, o primeiro modelo para a temporada tinha o vermelho como cor predominante, porém isso mudou com a saída do patrocinador RoKit e o carro que está nas pistas tem domínio do branco.
Sem depender exclusivamente um patrocinador para sobreviver, é provável que a escuderia volte a ter uma cara mais tradicional para os próximos anos e o azul volte a ganhar espaço.
Quanto o grupo de investimentos pagou pela Williams?
O comunicado oficial divulgado pela Williams e pelo Dorilton Capital não falou em valores, mas portal motorsport-total.com revelou que o grupo de investimentos pagou 152 milhões de euros à família Williams, que deve receber de fato 112 milhões de euros após o pagamento de dívidas.
A Williams vai trocar a dupla de pilotos?
A Williams anunciou em julho, ou seja, antes da venda, que Nicholas Latifi e George Russell seriam os pilotos da escuderia para a temporada 2021. É provável que a dupla seja mantida mesmo com a chegada dos investidores norte-americanos.
A Williams vai mudar de patrocinador?
Hoje o carro da Williams expõe com mais destaque as marcas da Sofina, empresa do ramo alimentício, da Lavazza, marca de café, e da Acronis, empresa de tecnologia. As duas primeiras foram levadas pelo piloto canadense Nicholas Latifi, que é de família de bilionários e que injetaram dinheiro para manter o time saudável financeiramente em 2020.
Antes da compra, Latifi e George Russell foram confirmados como pilotos da equipe para 2021. Caso isso se confirme, as empresas ligadas ao canadense devem continuar com suas marcas estampadas nos carros.
A dúvida é se terão o mesmo destaque ou o grupo de investidores trará novas empresas para dividir o espaço. Vale lembrar que a escuderia foi obrigada a pedir ajuda financeira ao pai de Nicholas para manter as contas em dia.
Quem assume o comando da equipe?
Claire Williams, filha de Frank, é de fato a comandante atual da escuderia, mas o comunicado oficial não diz qual será o futuro dela. Não deverá haver nenhuma mudança drástica no curto prazo, mas as decisões mais importantes passam a ser tomadas pelo fundo de investimentos norte-americano. Entre elas, se Claire seguirá ou não no comando da equipe. Existe a possibilidade da família seguir de alguma forma na gestão do time.
"Esta pode ser o fim de uma era da Williams como uma equipe familiar, mas sabemos que o time está em boas mãos", disse Claire.
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