Série da Fórmula 1 entra até na sauna para abordar relação Hamilton-Bottas
Demorou, mas a série documental "F1: Dirigir para Viver" finalmente se debruçou sobre a relação entre Lewis Hamilton e Valtteri Bottas dentro da Mercedes. A terceira temporada da produção da Netflix, que estreia na sexta-feira (19), dedica um episódio inteiro à equipe. O UOL Esporte assistiu e traz os detalhes abaixo (com spoilers).
Não é comum o seriado contar a história de um GP inteiro da perspectiva de uma única equipe, mas foi o que aconteceu no final de semana de Sochi, em setembro de 2020. Naqueles dias, Bottas "aprontou" no treino classificatório para largar em vantagem e venceu a corrida após Hamilton ser penalizado.
Foi um dos quatro GPs de 2020 em que Bottas superou Hamilton, e "Dirigir para Viver" aproveita o cenário para explorar o distanciamento entre os dois. A rivalidade entre companheiros de equipe é coisa comum na Fórmula 1, mas os sinais da disputa na Mercedes nunca foram tão públicos quanto na série da Netflix.
A disputa não é nada equilibrada em termos de resultados, mídia ou títulos, e Bottas se mostra ora determinado ora magoado com a situação. "Comparado a mim, Lewis é uma grande estrela mundial", diz o finlandês a certa altura. O episódio foca mais nele do que em Hamilton, o que dialoga com uma das principais marcas da série: a atenção aos detalhes dos pilotos e equipes menos badalados.
Ao mergulhar nos pensamentos de Bottas, "Dirigir para Viver" chega a filmar dentro da sauna de Bottas —em tomadas não tão recatadas, digamos. Longe do circo da F1, o finlandês é franco. "O desempenho importa, mas não é só questão de pilotar bem. As coisas são assim", reflete com seu agente.
Corta para Sochi em um campeonato que já pendia para Hamilton, mas ainda não estava decidido. No treino classificatório, Bottas dá vácuo a Max Verstappen (Red Bull) e larga em terceiro, posição que considerava melhor que a de segundo.
"Se fiz de propósito ou não, só eu sei", diz o piloto, com uma risada que deixa a frase bem menos misteriosa. "Para ter sucesso neste esporte, às vezes, é preciso ser egoísta." Mesmo Toto Wolff, o chefe da Mercedes, é obrigado a admitir que "às vezes, os objetivos dos pilotos não combinam com os da equipe".
A estratégia do treino serve de gancho para a série ouvir Nico Rosberg, campeão da F1 em 2016 e único piloto a bater Hamilton nos últimos sete anos. O alemão lembra que a disputa com o britânico "foi longe demais" na Mercedes e não esclarece se a amizade entre os dois voltou a ser a mesma depois de sua aposentadoria.
Por fim, Hamilton. Inalcançável na pista em seu heptacampeonato, é tratado sob ângulo desfavorável na série. Como se o preço de ser bom demais fosse um inevitável tempero de vilania. "Desde que comecei a correr, sempre tive um alvo nas costas. Eu era o garoto que todos queriam vencer. Eles não conseguiam, então, achavam outros jeitos para isso", diz ele no episódio.
Os outros 19 pilotos da Fórmula 1 voltam a tentar destronar Lewis Hamilton daqui a duas semanas, quando a temporada começa no Grande Prêmio do Bahrein.
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