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Ex-detento, Vick reassume status de estrela e põe Eagles na briga pela taça

Michael Vick passa na vitória dos Eagles sobre os Texans; time está perto dos playoffs - Al Bello/Getty Images
Michael Vick passa na vitória dos Eagles sobre os Texans; time está perto dos playoffs Imagem: Al Bello/Getty Images

Do UOL Esporte

Em São Paulo

26/12/2010 07h00

O Philadelphia Eagles vem fazendo uma das melhores campanhas da NFL na atual temporada, com apenas quatro derrotas em 14 partidas, quarto melhor resultado até aqui – empatado a quatro outros times. O “culpado” é Michael Vick, um quarterback que não tem nada dos traços mais comuns da posição mais nobre do futebol americano. Isso porque Vick é um ex-presidiário, que tinha tudo para nunca mais pisar em um campo e agora lidera a equipe com louvor.

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    Michael Vick concede entrevista em 2007, quando acabou preso por 2 anos devido às rinhas de cães

    RODADA: 6 TIMES A UMA VITÓRIA DAS FINAIS

    A 16ª semana da NFL começou na quinta-feira com uma vitória tranquila do Pittsburgh Steelers contra o Carolina Panthers. Agora, seis times entram em campo buscando apenas uma vitória para garantir vaga nos playoffs, entre eles o Philadelphia Eagles, de Vick. Os outros cinco são New Orleans Saints, N. York Giants, N. York Jets e Baltimore Ravens.

Aos 30 anos, Vick ostenta em sua ficha policial uma detenção de dois anos, fruto da promoção de briga de cachorros nos Estados Unidos. O caso aconteceu em 2007, quando o quarterback já tinha passado por algumas infrações menores, mas era um vencedor pelo menos por ter superado uma infância lado a lado com drogas e crimes.

A polícia descobriu um dos maiores canis já registrados para rinhas de cães. Os eventos eram em uma propriedade do jogador, que prontamente não só acabou preso, como também teve suspensão decretada pela NFL. Além de perder o apoio de seu time, o Atlanta Falcons, ele acabou indo à falência. Sem ganhar, passou a ter de pagar advogados caríssimos e ainda foi obrigado a devolver parte do que ganhou no time.

Tudo isso e o fato de ter de passar dois anos sem jogar fizeram com que as dúvidas fossem enormes quanto ao seu futuro. Nos Falcons, Vick já havia conseguido algum destaque, sendo eleito para três Pro Bowls, além de conseguir o prêmio ESPY de 2003, como melhor jogador. Mas ele teria de provar seu talento do zero.

A aposta veio do Philadelphia Eagles, que resolveu tomar o risco de assinar com o “garoto-problema” e ver no que dava, pagando um salário dos mais modestos para o padrão de um quarterback, com US$ 1,6 milhão. E o esforço tem dado muito certo.

Vick teve sorte após um ano como reserva, em 2009. Para esta temporada, ganhou a vaga de Kevin Kolb, nesta temporada, por uma lesão do companheiro. Tendo chance como titular, passou a mostrar ao mundo sua volta por cima.

Suas atuações acima da média o levaram às manchetes, como na partida em que passou para 333 jardas e quatro touchdowns contra o Washington Redskins, em novembro, sempre ajudado por boas atuações do wide receiver DeSean Jackson.

Os Eagles estão próximos de confirmar a vaga nos playoffs, precisando apenas de uma vitória para isso - o time pega o Minnesota Vikings, neste domingo, em casa. Seria a quarta participação de Vick na fase final, e a com mais chances de que ele leve o time da Filadélfia ao Super Bowl. Resta aguardar e conferir se a boa sorte se mantém ao lado do quarterback.