Ele podia estar no Super Bowl. Em vez disso, responde por assassinato
O Super Bowl, jogo que decide a NFL (liga profissional de futebol americano), é o evento dos sonhos para qualquer praticante da modalidade. Aaron Hernandez, 25, podia estar lá novamente neste domingo (01). Contudo, o ex-jogador do New England Patriots não vai sequer ver a partida da franquia contra o Seattle Seahawks. Acusado de homicídio, ele está sendo julgado neste fim de semana, e o tribunal não permitiu acesso a uma televisão.
Hernandez, nascido em Bristol, entrou na NFL em 2010. Foi escolhido pelo New England Patriots na 113ª posição do draft e não precisou de muito tempo para se tornar uma das principais opções de passe do quarterback Tom Brady. Em 2012, no último ano em que a franquia esteve no Super Bowl, foi o tight end que marcou o último touchdown da equipe, que perdeu por 21 a 17 para o New York Giants.
A partir do ano seguinte, porém, a vida pessoal conturbada afetou drasticamente a carreira de Hernandez. O tight end foi preso, acusado de ter assassinado o ex-jogador semiprofissional Odin Lloyd. O corpo de Lloyd foi encontrado a menos de dois quilômetros da casa do atleta, alvejado por balas no peito e nas costas.
A polícia fez pelo menos duas buscas na casa de Hernandez, que também foi acusado por posse irregular de cinco armas. O jogador alegou inocência, mas acabou dispensado pelo New England Patriots – ele tinha um contrato de US$ 40 milhões com a franquia.
“Um homem foi assassinado, e nós transmitimos nossos sentimentos à família e aos amigos dele. Palavras não podem expressar o desapontamento por saber que um dos nossos jogadores foi preso como resultado da investigação. Nós entendemos que as investigações do caso ainda estão em andamento, apoiamos e respeitamos o processo. Mas nesse ponto, não havia outra decisão possível”, escreveu o New England Patriots em nota oficial.
Em janeiro de 2014, relatório da promotoria mostrou que Hernandez também era suspeito de um homicídio duplo cometido em 2012. As vítimas, Daniel Abreu e Safiro Furtado, foram mortas a tiros quando estavam num carro, após terem discutido com o tight end em uma casa noturna. Outro passageiro foi ferido, mas sobreviveu. Novamente, o jogador alegou inocência.
As famílias de Abreu e Furtado processaram Hernandez. Cada uma pediu US$ 6 milhões de indenização por causa do assassinato. Por causa disso, um juiz congelou parte do dinheiro do jogador.
O julgamento de Hernandez sobre a morte de Lloyd começou em janeiro de 2015. Como o caso ainda não está decidido, aliás, o júri recebeu autorização para ver o Super Bowl numa sala do tribunal. Desde que o nome do tight end não seja mencionado em momento algum.
“Se isso acontecer, vocês serão retirados. Peço que vocês se distanciem”, disse a juíza Susan Garsh.
Garsh também impediu que Hernandez veja o Super Bowl. O jogador está preso em regime de segurança máxima, sem acesso a televisão.
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